Trote solidário arrecada mais de 13 mil medicamentos

Ector Gervasoni

Ação da Faculdade de Medicina conseguiu amostras de analgésicos, antibióticos, corticoides, dentre outros, que foram entregues à Farmácia Comunitária; mais de 170 kg de alimentos também foram conseguidos

Seguindo a tradição da Faculdade de Medicina de Presidente Prudente (Famepp/Unoeste) que ocorre a cada início de semestre letivo, calouros e integrantes do Diretório Acadêmico Dr. José Hamilton do Amaral realizaram nesta quinta-feira (15) o carregamento do caminhão e a destinação de todos os medicamentos e alimentos que foram arrecadados pelos “bixos”. A mobilização do bem faz parte das atividades de recepção que integram o Trote Solidário da Unoeste. Desta vez, foram arrecadadas mais de 13 mil amostras grátis de medicamentos que vão reforçar os estoques do projeto de extensão e assistência “Farmácia Comunitária”, e 174 kg de alimentos que serão destinados a Sociedade Civil Lar dos Meninos (Ladome).

Os medicamentos incluem analgésicos, antibióticos, corticoides, dentre outros. Vão pra Farmácia Comunitária que funciona no Ambulatório Médico “Profª Ana Cardoso Maia de Oliveira Lima”. Ela é mantida por doações e atende a pessoas carentes de Presidente Prudente e região. Os alimentos e os medicamentos estavam guardados em local seguro e nessa mobilização foram carregados pelos próprios alunos participantes da ação do bem, juntamente com o DA.

O presidente do Diretório Acadêmico, o aluno do 7º termo Victor Gabriel dos Santos, explicou que essa foi a segunda edição do ano do Trote Solidário, e que mais uma vez os “bixos” abraçaram a causa e contribuíram com o trote solidário cujo objetivo principal é estimular nos futuros médicos, a importância da empatia em prol do próximo.

“Eu acho muito importante esse trote solidário que a faculdade realiza todo o semestre, porque mostra para o pessoal que está entrando agora na faculdade esse espírito de empatia, de vontade de ajudar ao outro. E isso na medicina precisa estar em todos os momentos, do início até o fim da carreira. Desta vez, eles conseguiram arrecadar medicamentos de vários tipos que somam mais de 13 mil amostras, e a gente sabe que tem gente que não tem condições de comprar uma caixa simples de remédio que custa 5 reais na farmácia. Então tenho certeza que esses medicamentos farão a diferença na vida de muitos que dependem da Farmácia Comunitária”, explicou ele.

Para que as mais de 13 mil amostras fossem conseguidas, houve muito empenho e dedicação dos calouros que no ato da matrícula já haviam recebido o informativo do trote solidário. A partir daí, eles entram na brincadeira do bem e passam a arrecadar no período de julho e agosto amostras grátis de medicamentos em consultórios médicos, residências, distribuidoras e farmácias. Quanto aos alimentos, a mobilização ocorre em estabelecimentos de gêneros alimentícios e junto a própria população. Esse trote solidário na Faculdade de Medicina já existe desde 2008.

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O calouro Talles Mathias do Nascimento, de Tupi Paulista, contribuiu com amostras e ajudou no carregamento do caminhão (Foto: Ector Gervasoni)

A união faz a força

O calouro Talles Mathias do Nascimento, de Tupi Paulista, na Nova Alta Paulista, trouxe não só as amostras, como também fez questão de ajudar no carregamento do caminhão na manhã desta quinta-feira (15). “Eu arrecadei mais de 500 amostras, mas não fui o único. Muitos colegas da 59ª turma fizeram o mesmo e isso é uma ação muito solidária porque a gente sabe que vai pra farmácia comunitária e servir àqueles que mais precisam. Eu, particularmente, arrecadei muito do que trouxe nas clínicas médicas da minha cidade. Como Tupi Paulista é pequena e a gente tem bastante contato, consegui com os doutores de lá. Também tenho parentes doutores, a exemplo da minha madrinha, que também contribuiu nessa ação. Então sou muito grato por fazer parte disso tudo e ter ajudado de alguma forma”, compartilhou o rapaz.

A também caloura de Medicina, Isabella Cristina Coelho contribuiu na arrecadação dos medicamentos. Ela conta que não mediu esforços para que conseguisse o máximo de amostras possíveis. “A minha madrinha é médica, ela trabalha em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e ela trouxe muitas amostras pra mim. Minha mãe também fica muito em Mirante do Paranapanema, que nossa família é de lá. E ela conseguiu amostras por lá também. Eu fico feliz em poder ter ajudado porque sei que tem gente que não tem condições de comprar e é sempre bom ajudar. Aliás, esses sempre pedem pra gente trazer alguma coisa quando temos a oportunidade e isso é bom para todo mundo”.

Trote é proibido

O trote violento é proibido, dentro ou fora dos campi da Unoeste. A Unoeste apoia somente o trote do bem, a exemplo desse da Medicina. Inclusive a universidade disponibiliza um site próprio que traz informações importantes sobre essa prática tão comum nas universidades. Clique aqui e acesse. Há também canais de denúncia: 3229-2003 (Presidente Prudente), 0800 771 5533 (demais localidades) ou ainda pelo e-mail [email protected].  

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