Vice-governador quer que operadoras de telefonia celular coloquem bloqueadores de sinal nas torres próximas aos presídios
Embora alguns governadores tenham feito algumas críticas ao governo federal com relação à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança Pública, o vice-governador de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, que representou o governo do Estado na reunião da semana passada, defendeu a proposta e afirmou que, além das mudanças de nomenclatura, é necessário fortalecer o sistema como um todo.
Localizado em uma região de fronteira, Mato Grosso do Sul enfrenta desafios significativos relacionados ao tráfico de drogas, armas e munições que alimentam o crime organizado. “Nossa Polícia Estadual desempenha um papel fundamental. Temos um Departamento de Operações de Fronteira reconhecido nacionalmente e uma delegacia especializada, mas o efetivo é insuficiente. Proteger nossa fronteira é essencial para a segurança pública do Brasil e para combater o crime organizado”, afirmou Barbosa.
Ele também destacou a urgência de implementar bloqueadores de sinal celular nas unidades prisionais. “Precisamos de um sistema de bloqueio mais eficaz. É inadmissível que, mesmo em locais remotos, torres de sinal de celular se instalem rapidamente. As operadoras de telefonia devem ser responsabilizadas por isso, garantindo que os custos de bloqueio sejam incluídos em suas tarifas”, explicou.
Barbosa observou que mais de 40% dos detentos em Mato Grosso do Sul estão encarcerados por tráfico de drogas, sugerindo que o governo federal deve assumir os custos associados a esses presos, aliviando assim as finanças estaduais. Ele reiterou a importância da união entre os estados para enfrentar o crime organizado: “Somente com integração e articulação eficaz entre os estados e o governo federal conseguiremos vencer o crime transnacional, especialmente em regiões de fronteira, que apresentam realidades únicas.”
A PEC também propõe transformar a Polícia Rodoviária Federal em Polícia Ostensiva Federal, focando no patrulhamento de rodovias, ferrovias e hidrovias federais.
A proposta poderá ser ajustada com base nas contribuições dos governadores, antes de ser encaminhada ao Poder Legislativo.