“É Ela”. O adesivo simples aguça a curiosidade de quem vê. Mas quem é ela? Em ano eleitoral a certeza é que se trata de alguma postulante. Mais adiante, um outdoor com mensagens de ano novo entrega quem “é ela”. E pode ser um prenúncio que agora “são elas”. No cenário temos as meninas superpoderosas. Parece clichê, mas nesse caso, não é. Pela primeira vez, em Mato Grosso do Sul, o comando de um partido é digamos, disputado, apenas por mulheres.
A ministra Tereza Cristina – ainda no DEM, a senadora Soraya Thronicke (ainda no PSL) e ela, misteriosa do adesivo. Trata-se da deputada federal Rose Modesto, que está com o nome no meio dessa disputa, já que já foi convidada para sair do ninho tucano e ir para o novo mega partido União Brasil. E quem diz que ele é grande não somos nós, e sim os números, antes que digam que há hipérbole ou excesso de feminismo nesse texto.
E não é qualquer convite não, é para ser candidata a governadora do Estado, enfrentando os “figurões” masculinos como é o caso de Eduardo Riedel – que tem a benção do governador Reinaldo Azambuja, o ex-todo-sempre-futuro poderoso André Puccinelli (MDB) e o popular prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD). Os dois últimos figuram inclusive como líderes de pesquisas, onde Rose aparece bem posicionada e sempre lembrada.
Ela, ainda faz um pouco de mistério sobre isso. “O União continua da mesma forma. Convite feito pra eu ser a candidata a governadora, está bem adiantada essa possibilidade, mas só bato martelo no final de janeiro, início de fevereiro”, garante.
Vale lembrar que após homologada a fusão do DEM com o PSL, que resultou no União Brasil, a sigla será o maior partido do país, com 82 parlamentares, oito senadores, quatro governadores e 545 prefeituras.
Por enquanto, tudo ainda são especulações, mas nos bastidores Rose não esconde que é cada vez maior a vontade que ela tem de ser candidata a governadora, em especial depois do que enfrentou em 2016 quando concorreu a cadeira do Executivo Municipal e acabou perdendo no segundo turno. E há movimentações nesse sentido, até mesmo em cenário nacional, já que o partido discute apoio ao ex-juiz Sergio Moro que é pré-candidato a presidência pelo PODEMOS. E para quem não lembra, apesar de ainda no PSDB, em Mato Grosso do Sul, o podemos tem uma carinha boa de Rose Modesto.
Partidão!
E o que envolve o União Brasil não é só uma sigla forte, mas muito dinheiro. Somando-se ao montante que será destinado ao DEM (R$ 341,7 milhões), o União Brasil contará com um quase R$ 1 bilhão em dinheiro público no ano que vem. Articulada por Luciano Bivar (PSL) e ACM Neto (DEM), a nova legenda aguarda referendo da Justiça Eleitoral e se tornou um dos mais valiosos nesta eleição.
Além disso, conta-se também o tempo de televisão e números de inserções durante o horário eleitoral gratuito que voltou a valer neste ano. Nada menos que 15,8% do tempo de propaganda de TV e Rádio ficará com o partido.
Fonte: www.aonca.com.br
