Segunda dose da vacina contra o HPV está disponível para meninas

As meninas de 9 a 11 anos que tomaram a primeira dose da vacina contra o HPV (Papiloma Vírus Humano) devem retornar aos postos de saúde ou salas de vacinação para tomar a segunda dose, que havia sido programada. A dose é para dar continuidade a imunização para haver resultado contra o HPV que é um dos causadores do câncer de colo de útero. Quem só tomou a primeira dose ano passado também pode se prevenir e continuar o esquema de vacina. A proteção só é garantida com a aplicação das três doses.

Em Campo Grande os postos 24 horas estarão com aplicação sendo feita em todo fim de semana. O Ministério da Saúde enviou 64,4 mil doses da vacina contra HPV para Mato Grosso do Sul. A imunização está disponível em todos os postos de atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde) de todo o país. O Ministério recomenda aos Estados e municípios que façam parcerias com escolas públicas e privadas para realizar campanhas de vacinação no ambiente escolar, atingindo diretamente o publico alvo.

A imunização gratuita contra o HPV é feita em três doses. Após a primeira aplicação, a menina recebe a segunda dose seis meses depois, e a terceira, de reforço, cinco anos após a primeira. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil terá em média 15 mil casos de câncer do colo do útero por ano e 5 mil podem vir a óbito por diagnóstico tardio.

O Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Antônio Nardi, falou hoje (25), em entrevista, sobre a importância de dar continuidade ao tratamento – com as segunda e terceira doses – e da parceria com as escolas, que concentra o público-alvo. “A nossa mobilização é para fugir do setor saúde e deixarmos o envolvimento com o setor educação. Não se trata de uma campanha, agora se trata de uma rotina. Independente daquelas que tomaram a primeira dose, todas devem vir tomar a vacina”, disse o secretário.

Dados

Até agosto, 2,5 milhões de meninas entre 9 e 11 anos foram vacinadas contra HPV, o que representa 50,4% do público-alvo (4,9 milhões). No ano passado, quando a vacina foi disponibilizada no SUS, 100% do público estimado foi vacinado com a primeira dose, alcançando 5 milhões de meninas de 11 a 13 anos. Entretanto, apenas 3 milhões (60%) procuraram uma unidade de saúde para tomar a segunda dose, sendo que a meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público–alvo.

Para Nardi, é fundamental que os pais se conscientizem da importância da imunização, que assegura nível de proteção acima de 90%, para meninas que não iniciaram a vida sexual. “Nós adquirimos 11 milhões de doses de vacinas neste ano para que todas as meninas que já tomaram a primeira dose [tomem a segunda] e as que não tomaram, possam vir para as salas de atendimento iniciar o tratamento”, completou.

O secretário lembrou que o HPV e o câncer de mama também podem atingir os homens, que devem ficar atentos para um diagnóstico precoce. “É necessário que os homens se conscientizem de que eles também podem morrer de câncer de mama e HPV. Quando [as doenças] chegam neles já estão quase que em estado irreversível de cura. É necessário o uso de camisinha e da realização do exame de próstata”, disse.

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