Você sabe quem inventou o chuveiro elétrico?

Como você deve imaginar, o banho nem sempre foi como nós o conhecemos. Na realidade, hoje mesmo o banho não é o mesmo para todos nós. Há quem conte com um chuveiro elétrico em 2021, mas ainda há quem tome banho com água aquecida em serpentina ou em fogão a lenha.

Ao menos nos grandes centros urbanos, como é o caso de Betim e da região metropolitana de Belo Horizonte, o inventor do chuveiro elétrico deveria ser muito conhecido pois sua invenção está presente em quase todos os banheiros residenciais. Hoje vamos falar sobre ele, o homem responsável pela invenção que proporciona conforto à maior parte dos moradores das grandes cidades do Brasil, mas que cuja invenção também representa o maior consumo de energia elétrica das famílias.

A história do chuveiro elétrico

Aqui no Brasil o banho é uma atividade diária. É consenso que o banho ao início ou ao final do dia se faz necessário por questões de higiene ou mesmo para recarregar as energias, afinal de contas, a água aquecida realmente é capaz de renovar a alma e preparar a pessoa para um novo dia ou para um boa noite de sono.

O banho como conhecemos hoje consiste em se lavar utilizando água quente para, além de reduzir o choque térmico causado pela diferença da temperatura corporal e da temperatura da água, proporcionar uma sensação agradável de relaxamento.

Como dissemos inicialmente, o chuveiro elétrico está presente na maior parte das residências e possui “protagonismo” no consumo de eletricidade das casas de todo o país.

A invenção do chuveiro elétrico

Os primeiros chuveiros surgiram pouco antes de 1930 quando fabricantes e instaladores negligenciavam o isolamento de condutores elétricos, elementos energizados e a carcaça metálica do aparelho. Naquela época, era comum a ocorrência de choques elétricos e os equipamentos precisavam de uma chave corta-circuito para ligar/desligar a energia elétrica.

No início dos anos 40, a FAME (Fábrica de Aparelhos e Materiais Elétricos), iniciou suas atividades fazendo ferros de solda, torneiras elétricas e chuveiros elétricos cujas câmaras de aquecimento da água eram de vidro, justamente para reduzir a possibilidade de choques elétricos.

Ainda na década de 1940, a paulistana Sintex desenvolveu um chuveiro ainda mais seguro com uma alavanca para abrir o fluxo de água e acionar a resistência elétrica. Neste sistema, a alavanca acionava um registro de água e também uma chave corta-circuito. Movendo-se a alavanca, abria-se o fluxo de água, estando a água corrente, o próximo estágio do curso da alavanca fechava o circuito elétrico, acionando a resistência. Este chuveiro foi a base para todos os chuveiros elétricos fabricados ao longo da década de 40 e início da década de 50.

Na mesma década, na cidade de Jaú, em São Paulo, Francisco Canhos Navarro desenvolveu o primeiro chuveiro completamente automático. Ele era ligado de forma automática ao abrir a torneira. Este sistema contava com um diafragma de borracha que, com a circulação da água, os contatos elétricos eram energizados fechando o circuito.

O projeto já contava com duas resistências, sendo uma de baixa potência e outra de alta potência com a intenção de possibilitar o fornecimento de diferentes temperaturas para o banho. Este sistema é a base de praticamente todos os chuveiros elétricos desenvolvidos posteriormente até hoje.

O funcionamento do chuveiro elétrico

O chuveiro é um equipamento extremamente simples.

Em 2021, é possível encontrar modelos de chuveiro em torno de R$50 e este preço acessível é justificável pela simplicidade do dispositivo.

Ele funciona como um pequeno reservatório de água cujo interior é atravessado por um resistor que superaquece com a passagem da eletricidade.

Essa energia térmica causada pela corrente elétrica é transferida para a água que cai sobre a pessoa que está tomando banho.

Normalmente o resistor, também conhecido como “resistência”, possui alguns “estágios” que determinam quanto de sua extensão será energizado, e consequentemente aquecido, definindo assim os níveis de temperatura do banho: Frio, Morno e Quente.

Obviamente existem equipamentos consideravelmente mais complexos e com diversas outras funções, mas um chuveiro simples funciona essencialmente dessa forma.

O consumo energético do chuveiro

O consumo do chuveiro elétrico é notoriamente alto. Todos sabem disso e aqui no blog já cansamos de jogar luz sobre o assunto.

A quantidade de energia que o chuveiro elétrico “puxa” é proporcional à sua potência. Quanto maior a potência, mais eletricidade você gasta ao tomar banho.

Via de regra, chuveiros elétricos simples possuem uma potência de algo em torno 5400 Watts.

Partindo do princípio de que o valor do quilowatt/hora da CEMIG está em torno de R$0,96, basta fazer o seguinte cálculo para determinar o consumo mensal do chuveiro elétrico:

Consumo do chuveiro = Potência * Tempo diário de funcionamento * Dias de funcionamento.

Em outras palavras, basta multiplicar a Potência do equipamento (em quilowatts) pela quantidade de horas por dia que ele deve ficar ligado e em seguida multiplicar pela quantidade de dias que ele deve funcionar ao longo do mês.​

Para ilustrar, uma casa com quatro pessoas onde cada uma delas toma um banho de 15 minutos por dia, em um mês pagará algo em torno de R$160 por mês, APENAS COM O CONSUMO DO CHUVEIRO ELÉTRICO.

As alternativas ao chuveiro elétrico

Se você acredita que o chuveiro elétrico e todos os outros vilões da conta da CEMIG deveriam ser substituídos, fique ligado nestas alternativas:

  • Sistema de aquecimento solar tradicional;
  • Sistema de aquecimento solar a vácuo;
  • Sistema de energia solar fotovoltaica;
  • Sistema de aquecimento a gás.

São quatro possibilidades para, apesar de todos os benefícios do chuveiro elétrico, conseguirmos tomar banhos relaxantes sem ter que gastar tanto dinheiro com a eletricidade consumida para aquecer a água do banho.

Dúvidas sobre o chuveiro elétrico?

O inventor do chuveiro elétrico é um cidadão importantíssimo para a nossa história, mas nem por isso devemos utilizar sua invenção de olhos fechados. É um equipamento que consome muita energia e, para a época, não existiam opções melhores.

Contudo, atualmente já contamos com diferentes tecnologias para aquecer a água do banho sem gastar grandes quantias em dinheiro para pagar a companhia de energia elétrica.

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