Fabinho, da roça aos tribunais tem como referência a história do juiz Fábio Esteves
O Programa Turminha do Bem, uma iniciativa socioeducativa, de cunho pedagógico, informativo e perceptivo dentro das escolas, lança o livro Fabinho, da roça aos tribunais, na próxima quinta-feira, 5 de setembro, às 18h, na biblioteca do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília – DF.A obra faz parte do novo projeto pedagógico chamado Trilhas da Inclusão voltado para as relações étnico-raciais com a proposta de combate racial e a valorização da história e da cultura africana e indígena. O material foi desenvolvido baseado na história do juiz de direito Fábio Francisco Esteves, que participará do lançamento. O magistrado nasceu em Chapadão do Sul, interior de Mato Grosso do Sul, sendo homem preto e de origem humilde, que enfrentou condições adversas para estudar e trilhar uma carreira de sucesso. Atualmente, ele é juiz auxiliar do ministro Edson Fachin no Supremo Tribunal Federal.
“O sentimento é de reencontro com a origem dos princípios que me fizeram quem sou, com as lembranças de pessoas que atravessaram meu caminho e me ensinaram muito, reencontro com tudo que fez da caminhada uma experiência extraordinária”, descreve o juiz, Fábio Esteves.
De maneira lúdica e com muitas reflexões, o livro Da Roça aos Tribunais narra a história de um vencedor, que lidou com o preconceito por meio da educação e o apoio da família.
“Nós conhecemos a trajetória de vida do Dr. Fábio Esteves por meio do diretor da Editora Turminha do Bem, Marcus Garcia, que foi professor de direito dele na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Unimos uma equipe multidisciplinar para desenvolver um projeto que envolvesse a literatura, atividades pedagógicas e vivências para levar para as escolas reflexões sobre atitudes discriminatórias que muitas vezes habitam o imaginário social com estereótipos, impulsos ou desejos, nem sempre conscientes, responsáveis por atitudes discriminatórias e manutenção e/ou a reprodução do racismo”, resume a idealizadora do Programa Turminha do Bem e doutora em ciências, Fernanda de Oliveira.
A cerimônia de lançamento deve contar com a participação dos ministro do STF, parlamentares sul-mato-grossenses, uma apresentação de dança afro-brasileira pelo grupo Quilombola de Furnas de Dionísio, da cidade de Jaraguari – MS, e da degustação de uma Paella Caipira prato típico também da cidade de Jaraguari-MS.
Trilhas da Inclusãoé composto por dois livros – um para a educação infantil e outro para ao ensino fundamental, jogos de tabuleiro e de cartas e cadernos de atividades com recursos transversais de diversas matérias com exercícios a serem realizados em sala de aula, com propostas de vivências experenciais e com a promoção de diálogos e reflexões acerca dos temas propostos, contemplando a Lei 10.639, que tornou obrigatório o ensino da Cultura e História Afro-Brasileira e Africana nas escolas e a Lei 11.645 que garantiu o mesmo para os povos indígenas e suas tradições.
“Além de todo o conteúdo e aprendizado teóricos, a nossa proposta é que ao final da implementação do Projeto Trilhas da Inclusão, os alunos possam organizar e apresentar para a comunidade uma amostra cultural étnico-racialcom todas as pesquisas realizadas dos saberes culturais africanos, afro-brasileiros e indígenas, proporcionando o reconhecimento das tradições e o pertecimento do povo, com suas origens, legados, importância na história do Brasil seja pela pintura, dança e culinária típica”, complementa Fernanda.
Serviço
Lançamento Fabinho, da roça aos tribunais
Quando: 5 de setembro
Horário: 18h
Onde: Supremo Tribunal Federal
Sobre a Turminha do Bem: com sede em Campo Grande – MS, foi criada em 2015, pela doutora em ciências pela Universidade de São Paulo, Fernanda de Oliveira, o programa tem o objetivo de fornecer materiais e conteúdos educativos interdisciplinares diferenciados e complementares para os alunos da educação infantil, ensino fundamental I e II, por meio de contos associativos e ferramentas da metodologia ativa. A Turminha do Bem é formada pelos personagens Bacbem, Kito, Raio, Neural, Dena, João e o Ted, cada um deles tem uma função na didática com os alunos. E agora conta com este novo projeto, com a biografia do juiz de direiroFábio Esteves, recontada de maneira lúdica e convidativa para crianças.
A Editora tem sete propostas de trabalho para a equipe pedagógico das escolas:
Ambientes limpos: trabalha a vigilância epidemiológica, a consciência, o papel de cada cidadão de forma individual e coletiva na responsabilidade social;
Emocional: trabalha a inteligência, consciência e autonomia emocional e a competência social. Este material também engloba o Projeto Apyturesãi – cujo material foi traduzido para o Guarani Kaiowá. Apyturesãi em Guarani Kaiowá significa saúde mental.
Fisiologia da vida: trabalha o desenvolvimento humano em diferentes fases da vida abordando conceitos de responsabilidade, ética, moral, deveres, direitos e riscos sociais e vulnerabilidade;
Higiene pessoal e alimentar: trabalha as práticas de saúde individual e coletiva mostrando a importância da adoção de novos hábitos para a promoção da saúde e bem-estar;
Meio ambiente: trabalha os pilares do desenvolvimento estruturado e sustentável com a promoção da ascensão econômica na mesma proporção da social e ambiental.
Inclusão: trabalha a inclusão social no ambiente escolar, abordando os cuidados inerentes ao educador e seu preparo com ações amplas de conscientização e formação sobre TEA, Transtornos Mentais Gerais na Infância, repercussões clínicas da puberdade e alunos com deficiências.
Educação para as Relações Étnico-Raciais: trabalha para promover a igualdade étnico-racial e a valorização da diversidade com a atenção e a percepção dos alunos e professores, a partir de lembranças, ideias, informações, emoções e conteúdos, para a identificação de preconceitos raciais que habitam o imaginário social e que encerram em si estereótipos, impulsos ou desejos, nem sempre conscientes, responsáveis por atitudes discriminatórias e manutenção e/ou a reprodução do racismo.
Em nove anos de existência a Turminha do Bem já alcançou 38 mil alunos, em 1400 escolas nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso, com a participação de 10.000 mil professores.
Juiz Fábio Esteves
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