Tesouro lunar: cientistas sugerem que crateras da Lua contém mais de 1 trilhão de dólares em metais preciosos

De acordo com um novo estudo, há mais de um trilhão de dólares em metais preciosos esperando para serem extraídos nas crateras da Lua. Entenda mais aqui conosco.

À medida que a exploração espacial avança, a mineração lunar tem se tornado cada vez mais relevante devido ao interesse na colonização espacial e à procura por recursos para abrigar vida humana por lá. E isso envolve a extração de minerais, metais e outros recursos na superfície lunar.

Na superfície da Lua encontramos milhares de crateras, que são depressões formadas a partir de colisões com asteroides, meteoroides ou cometas. Essas depressões nos contam não só a história do nosso satélite natural, mas também do sistema solar, sendo um lembrete das forças cósmicas que moldaram nosso sistema solar ao longo de bilhões de anos.

E um novo estudo publicado na revista Planetary and Space Science aponta que a Lua pode esconder um verdadeiro tesouro: mais de um trilhão de dólares em metais preciosos estariam espalhados sob suas crateras, só esperando para serem minerados. Entenda melhor abaixo.

Lua rica em metais preciosos

Segundo o estudo, as crateras da Lua podem conter mais de um trilhão de dólares em metais preciosos, como platina, ródio e irídio, depositados por asteroides. Isso porque pelo menos 6 mil crateras teriam sido formadas por asteroides ricos em metais, como estes citados, todos com alto valor comercial.

Para chegar a este resultado, os pesquisadores modelaram: a fração de crateras lunares que se acredita terem sido formadas por asteroides metálicos; o número desses asteroides que possuíam concentração suficiente de metais do grupo da platina (platina, paládio, ródio, rutênio, irídio e ósmio); e quantos desses asteroides teriam colidido com a Lua.

Os pesquisadores analisaram a quantidade comercial de metais do grupo da platina (platina, paládio, ródio, rutênio, irídio e ósmio) deixados por asteroides que atingiram a superfície da Lua. A estimativa é de mais de 1 trilhão de dólares.

Jayanth Chennamangalam, autor principal do estudo, explicou ao site New Scientist, que a mineração na Lua seria mais fácil em comparação com a mineração em asteroides, pois a maioria dos asteroides está mais distante de nós do que a Lua; e a gravidade da Lua é apenas um sexto da da Terra, o que facilitaria as técnicas.

Ou seja, ele acredita que a mineração desses metais preciosos na Lua seria mais vantajosa e lucrativa que a mineração de corpos celestes que estão em órbita, sendo um caminho para monetizar recursos espaciais. Só seria preciso investir mais em tecnologia para isso.

Mas, podemos minerar a Lua?

Segundo Chennamangalam, mesmo que a mineração lunar seja tecnicamente mais fácil, pode ser legalmente mais difícil.

Tratado do Espaço Exterior, assinado em 1967 por dezenas de países, impede que qualquer nação reivindique soberania sobre a Lua ou qualquer outro corpo celeste. Ainda assim, especialistas apontam que há brechas jurídicas que poderiam permitir a extração de recursos sob certas condições, especialmente se empresas ou governos obtivessem licenças específicas.

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Que brechas seriam essas? O tratado afirma que “o espaço sideral, incluindo a Lua e outros corpos celestes, não está sujeito à apropriação nacional por reivindicação de soberania, por meio de uso ou ocupação, ou por quaisquer outros meios”. Mas há controvérsias sobre se asteroides são “corpos celestes” ou se a mineração privada é “apropriação nacional”.

De qualquer forma, uma coisa é certa… a corrida espacial está mais acirrada do que nunca!

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