Enquanto o mato toma conta de ruas, praças e escolas, desentupimento de bueiros segue suspenso
Faltando 15 dias para o início do ano letivo de 2025 na Rede Municipal de Ensino, estudantes, professores e pessoal administrativo deverão encontrar as mais de 200 escolas e creches tomadas pelo mato em Campo Grande.
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Desde dezembro do ano passado, por determinação da gestão Adriane Lopes (PP), foram suspensas as ordens de serviço para que a Solurb execute varrição, pintura de meio fio, roçada, capina e limpeza de bocas de lobo.
Algumas unidades de ensino estão tomadas pelo mato tanto na parte externa quanto na interna, conforme mostram fotografias enviadas por pais de alunos, estudantes e professores.
A direção da Solurb confirmou a suspensão das ordens de serviço e anunciou que até o dia 6 de fevereiro, mesmo se a prefeitura autorizasse hoje a retomada das atividades, a concessionária não teria condições de atender as unidades escolares, que somam mais de 200.

Prazo exíguo
Em nota, a empresa explicou que a prefeitura foi cientificada de que serão necessários entre 80 a 90 dias para a retomada dos serviços, já que, conforme argumentou, “será necessário recrutar, selecionar, contratar, treinar e colocar em operação pelo menos 350 trabalhadores”.
Essa é a quantidade de pessoas dispensadas em dezembro passado, quando a prefeitura suspendeu as ordens de serviço.
A respeito da limpeza nas unidades escolares, na qual estão incluídas a roçada, capina e outros serviços, em reunião com técnicos da prefeitura a Solurb foi informada que “neste ano os citados serviços serão realizados diretamente pela Secretaria de Educação”.
Apesar de a diretoria das escolas contarem com recursos financeiros para realizar esses serviços pelo menos na parte interna das unidades, todos os anos, via de regra, a concessionária é quem assume essa responsabilidade.

Mais um calote
Outro problema enfrentado pela Solurb é o atraso no recebimento de pagamento por serviços já prestados ao município. É mais um entre os tantos outros calotes dados pela prefeitura em fornecedores em função da falta de recursos financeiros.
Segundo a concessionária, existem débitos em atraso, mas a definição da data de pagamento está sendo discutida com a prefeitura. No entanto, não há previsão sobre quando o dinheiro será liberado.
Na nota emitida nesta quarta-feira (22), a diretoria da Solurb esclareceu que “a não regularização dos débitos em atrasos com a maior brevidade possível poderá afetar a prestação dos demais serviços, como coleta de lixo domiciliar, comercial, hospitalar, limpeza de feiras e outros itens previstos em contrato”.
A concessionária esclareceu ainda que nos locais onde as operações não foram suspensas, não haverá diminuição na qualidade da prestação dos serviços.
A empresa não informou o valor do crédito que possui com a prefeitura pelos serviços já prestados e que ainda não foram pagos.
