O diretório nacional do PSDB se reúne, nesta quarta-feira, em Brasília, para falar, novamente, sobre o futuro do partido, que está perto de fechar uma fusão com o Podemos.
A decisão é acompanhada de perto pela classe política de Mato Grosso do Sul, que espera a definição do governador Eduardo Riedel (PSDB) para definirem o futuro.
A reportagem apurou que o grupo de Riedel e Reinaldo Azambuja (PSDB) avisará a cúpula nacional que só continuarão no partido em caso de união com o Republicanos.
Ontem, em agenda na Capital, Riedel disse que definirá o futuro neste mês, o que indica uma possível saída, já que o PSDB deve formalizar mesmo uma fusão com o Podemos.
Há no PSDB quem defenda uma federação com o Republicanos, que deve acontecer até 31 maio, quando vence o prazo.
Hoje, Riedel está mais próximo de uma filiação ao Republicanos, apostando em uma candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, à presidência. Todavia, já foi convidado e também pode se filiar ao PSD, de Gilberto Kassab.
Se confirmada a fusão PSDB/Podemos, vereadores e deputados terão 30 dias para saírem, sem perder o mandato. Para os vereadores eleitos no ano passado, será a única chance antes da janela de 2028. Já os deputados poderão trocar na janela do próximo ano.
PSDB/Podemos
A fusão entre PSDB e o Podemos não é bem vista por tucanos do Estado porque avaliam que deixará o partido quase que do mesmo tamanho, sem muita diferença no tempo de televisão e fundo partidário.
Na eleição do ano passado, o Podemos teve 236,66 milhões de reais de fundão eleitoral, o oitavo maior do País, enquanto o PSDB teve o décimo, com 147,95 milhões. Juntos, eles somariam R$ 381,1 milhões, chegando ao sétimo lugar, próximos ao MDB, com R$ 404,6 milhões.
Juntos, os dois partidos terão 25 cadeiras na Câmara dos deputados, sendo 13 do PSDB e 12 do Podemos. Já no Senado serão sete, sendo quatro do Podemos e três do PSDB.