Dra. Camila Ciancio, especialista em medicina integrativa, explica como óleos essenciais, como lavanda e camomila, atuam no sistema nervoso para aliviar estresse e proporcionar bem-estar.
O uso de óleos essenciais no combate ao estresse e à ansiedade está cada vez mais presente na vida dos brasileiros. Segundo dados da Associação Brasileira de Aromaterapia e Aromatologia (ABRAROMA), a procura por óleos essenciais no Brasil aumentou em torno de 30% nos últimos anos, especialmente com o crescimento do interesse em alternativas naturais para bem-estar. Os óleos essenciais, como os de lavanda, bergamota e camomila, são conhecidos por suas propriedades calmantes, ajudando a equilibrar emoções e proporcionar alívio em momentos de tensão. Esses compostos são extraídos de plantas e usados tanto em difusores quanto em massagens, ou até mesmo diluídos em banhos para estimular o relaxamento.
A médica nutróloga Camila Ciancio, especialista em medicina integrativa, explica que o uso de óleos essenciais para o bem-estar mental se baseia na conexão direta entre o olfato e o sistema límbico, área do cérebro associada às emoções. “Quando inalamos os óleos essenciais, as moléculas aromáticas atingem rapidamente o cérebro e ativam respostas emocionais e fisiológicas, o que explica a sensação de relaxamento quase imediata”, aponta Ciancio. A especialista afirma que o óleo essencial de lavanda, por exemplo, é um dos mais estudados e tem efeitos comprovados no controle da ansiedade. “A lavanda possui compostos que ajudam a reduzir os níveis de cortisol, hormônio do estresse, promovendo uma sensação de calma.”
Além de ajudarem a reduzir a ansiedade, os óleos essenciais também podem melhorar a qualidade do sono e aumentar a concentração. Pesquisas sugerem que o uso de óleos como o de alecrim e hortelã-pimenta podem ser benéficos para aumentar a atenção e a energia, tornando-se uma opção prática para quem deseja melhorar o desempenho em atividades do dia a dia sem recorrer a estimulantes artificiais. Em um estudo recente feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), observou-se que 70% dos participantes relataram maior sensação de bem-estar após o uso de difusores com óleos essenciais durante cinco dias.
A médica recomenda cautela na aplicação dos óleos, destacando a importância de seguir orientações de um especialista. “Embora sejam naturais, os óleos essenciais têm propriedades químicas potentes e devem ser utilizados com orientação para evitar possíveis alergias ou reações indesejadas. Cada pessoa reage de maneira única e, por isso, a escolha do óleo e a forma de aplicação devem ser personalizadas”, conclui a Dra. Camila