Primeira semana da corrida para sucessão municipal em Ponta Porã é recheada de polêmicas

A primeira semana de campanha eleitoral em Ponta Porã começou recheada de polêmicas envolvendo as quatro candidaturas.

Pedido de Impugnação

O MP Eleitoral pediu a impugnação das candidaturas da candidata a vice-prefeita pelo Podemos Inocência Aparecida Valenzuela Espíndola, a Cida Espínola.

A razão do pedido de impugnação é que a candidata está registrada com seu domicílio eleitoral na cidade de Campo Grande e não comprovou que transferiu seu domicílio eleitoral para Ponta Porã seis meses antes das eleições.

A candidata aguarda agora julgamento do pedido de impugnação e consequentemente da possibilidade de continuar candidata. Se for negado o registro de sua candidatura, o Podemos pode substituir no meio da campanha eleitoral a sua candidata a vice.

O Líder News entrou em contato com a equipe do Podemos que emitiu a seguinte nota sobre o assunto:

Outra candidatura que também sofreu pedido de impugnação foi a candidatura de Aparecido Carlos Bernardo, o Carlos da UCP (PDT), neste caso, o motivo apontado pelo MP Eleitoral foi uma doação acima do limite permitido e que acabou resultando em suspensão de direitos políticos.

Segundo o pedido apresentado, o candidato incidiu em uma causa de inelegibilidade que o impede de ser candidato, prevista no art. 1º, I, ‘p”, da Lei Complementar nº 64/1990.

Em 2022, Carlos  já havia sido impedido de concorrer ao cargo de deputado federal pelo mesmo motivo.

A Coordenação de Comunicação da candidatura não emitiu nenhuma nota oficial. Um dos coordenadores afirmou que há um entendimento de que a doação não interferiu no resultado da eleição na ocasião e reiterou que Carlos apresentou toda sua documentação e aptidão, de forma pública, inclusive a imprensa, portanto, aguarda o julgamento da decisão com muita confiança em que o mesmo poderá concorrer. “O Carlos está pronto para contribuir com Ponta Porã, ele é um empresário de sucesso na região e acreditamos que poderá contribuir muito com a fronteira.” Disse o coordenador.

Acusação de boicote

Outra polêmica envolvendo a campanha de Carlos foi o adiamento do lançamento de sua candidatura, que ocorreria neste sábado (24), para o próximo dia 31, isso ocorreu devido a um parecer da prefeitura que impediu a interdição da Avenida Brasil para realização do ato político.

Em vídeo que circula nas redes sociais e um comunicado oficial veicula o seguinte comunicado:

“Fomos barrados… A campanha de Carlos da UCP nem começou, e já estamos sendo impedidos! Fizemos tudo dentro da lei. Solicitamos a interdição temporária da via em frente ao nosso comitê, mas recebemos um generoso NÃO. E esse NÃO veio exatamente do órgão comandado pelo nosso adversário, o atual prefeito. Coincidência? Difícil acreditar”, diz Carlos da UCP.

Mas o que mais nos indigna é que esse desafia o próprio artigo 13 da Resolução 26.610, que é claro: ‘A realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral, em recinto aberto ou fechado, não depende de licença da polícia.’

Estamos aqui apenas querendo exercer o nosso direito democrático, o direito de apresentar Carlos da UCP e nossos candidatos à população. Mas a Prefeitura nos negou esse direito!

Ponta Porã, tá na hora de acordar! Vamos juntos dizer NÃO a esses abusos! Vamos juntos, Acorda Ponta Porã!”, disse Carlos da UCP.

Mas, nem mesmo a decisão do prefeito Eduardo Campos impedirá a realização de uma festa democrática e amplamente popular.”

O comunicado é acompanhado de um ofício do Secretaria Municipal de Segurança Pública que reza o seguinte:

Procurada pelo Líder News a Secretaria Municipal de Segurança Pública emitiu o seguinte comunicado:

“A Secretaria de Segurança, comprometida com o bem-estar e a segurança de todos, atua sempre em defesa dos direitos da população.

A mesma Entende que a Avenida Brasil é uma das principais vias de acesso a serviços essenciais e conecta as regiões norte e sul da cidade. Por isso, ao sermos solicitados para interditar esse local, sugerimos que o evento fosse realizado em outro espaço, garantindo assim o direito democrático de realização, sem prejudicar a mobilidade dos cidadãos.

Informamos, também, à Justiça Eleitoral  competente sobre o caso. Vale lembrar que cabe à Secretaria de Segurança e Trânsito a decisão de autorizar ou não a interdição de vias para qualquer tipo de evento ou obra.”

Cuidador de Gado

A campanha do candidato bolsonarista Pompilho Jr também se envolveu em polêmica, Durante o lançamento da candidatura do candidato liberal, o deputado Rodolfo Nogueira citou a fala de um gestor do governo estadual que teria dito que “quem cuida de gado não está preparado para cuidar de gente”.

Na ocasião, Rodolfo afirmou que o ex-governador Reinaldo Azambuja e o governador Eduardo Riedel são excelentes gestores e todos são pecuaristas.

Além de Pompilho, Carlos também se identifica como pecuarista e também possui propriedades rurais em Mato Grosso do Sul.

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