Pontão Moinho Cultural promove oficinas com Leoni Antequera no Laboratório Artístico Peabirú

Como parte das ações do Laboratório Artístico Peabirú, o Pontão Moinho Cultural recebe, ao longo do mês de abril, o artista visual Leoni Antequera para uma série de oficinas de pintura com terras naturais. Inspiradas na arte rupestre — expressão ancestral dos primeiros habitantes do Pantanal — as atividades resultarão na criação de murais coletivos nos espaços do Moinho Cultural e na cidade de Corumbá (MS).

As oficinas acontecem das 8h às 9h45 no período da manhã e das 14h às 15h45 no período da tarde, com turmas reduzidas e conduzidas diretamente pelo artista. A participação, neste momento, é exclusiva para alunos e colaboradores do Moinho.

A programação está dividida em três etapas: de 14 a 16 de abril, com crianças de 6 a 11 anos; entre 22 e 25 de abril, com adolescentes de 12 a 17 anos; e de 28 de abril a 2 de maio, com participantes acima de 18 anos, incluindo integrantes da Cia de Dança e da Orquestra de Câmara do Pantanal.

Segundo Leoni Antequera, a proposta das oficinas é também uma oportunidade de criar vínculos com os participantes e identificar talentos para futuras colaborações nas artes visuais.

“Minha expectativa a curto prazo é ter uma equipe de artistas do Pontão Moinho Cultural, com quem eu possa fazer apresentações dentro das artes plásticas e também das artes visuais. Quanto à técnica a ser desenvolvida no curso, haverá workshops onde serão descobertas as habilidades dos participantes e feita uma avaliação para fazer parte da equipe”, afirmou.

Ele acrescenta que a temática das oficinas será inspirada nos primeiros habitantes do Pantanal e nas manifestações da arte rupestre, resgatando símbolos e expressões ancestrais da região.

O projeto “Memória do Pantanal: Arte Rupestre no Peabirú” também prevê uma performance coletiva e uma exposição individual do artista, que farão parte da programação do Festival América do Sul Pantanal, previsto para maio de 2025.

A produção e coordenação geral são de Susana Segovia, que articula o encontro entre arte, território e comunidade. Para ela, as oficinas representam o início de uma jornada criativa que se estenderá ao longo do ano.

“Esta primeira atividade, voltada para alunos e colaboradores, busca formar um grupo de artistas do Moinho com os quais serão desenvolvidas outras ações ao longo do ano”, reforçou Susana.

O foco central do projeto, segundo ela, é revalorizar o legado da arte rupestre no Pantanal, compreendendo os princípios do homem pantaneiro e sua profunda conexão com a terra.

“Os materiais utilizados nas oficinas são pigmentos naturais feitos a partir da terra, resgatando saberes ancestrais e propondo novas formas de expressão que dialogam com a identidade local”, completou.

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