País tem queda de doenças respiratórias, mas Campo Grande segue ao nível alto

O novo boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quarta-feira (17), sinaliza para um patamar similar ao de abril em casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) – o mais baixo desde o início da epidemia de Covid-19 no Brasil. Em Campo Grande, teve redução de casos, mas ainda segue com alto nível.

Em boletim anterior, mostrou que parte do estado tinha nível vermelho, ou seja, extremamente alto para doença respiratória. Agora, o índice caiu para amarelo, com alto nível.

A pesquisa destaca que, apesar do sinal geral de queda ou estabilização, o aumento recente na faixa etária de 0 a 11 anos em diversos estados do Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste chama a atenção.

 “Em termos proporcionais, esse crescimento é ainda mais expressivo na faixa de 5 a 11 anos de idade. Por ser restrito às últimas semanas, ainda não é possível identificar com clareza o vírus responsável por esse aumento, embora o Sars-CoV-2 (Covid-19) continue sendo predominante em todas as faixas etárias”, explica o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

O estudo mostra queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e estabilidade na tendência de curto prazo (últimas três semanas). Os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária apontam que o Sars-CoV-2 se mantém dominante, especialmente na população adulta. Embora não se destaque no dado nacional, o vírus influenza A H3N2 mantém presença em diversas faixas etárias no Rio Grande do Sul.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,0% para influenza A, 0,2% para influenza B, 5,9% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 78,2% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 0,7% de influenza A, 0,2% de influenza B, 0,2% de vírus sincicial respiratório e 96,5% de Sars-CoV-2 (Covid-19).

Estados e capitais

Das 27 unidades federativas, apenas Roraima apresenta sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a SE 32. Das demais, somente duas (Acre e Amapá) apresentam estabilidade. As outras mostram queda na tendência de longo prazo até o mesmo período.

Observa-se que três das 27 capitais apresentam indícios de crescimento na tendência de longo prazo até a semana 32: Belém, Boa Vista e Vitória. Nas demais há predomínio de queda, com nove capitais apresentando estabilidade nesse indicador.

Das 27 capitais, 3 estão em macrorregiões de saúde em nível pré-epidêmico (Cuiabá, Palmas e São Luís), 4 em nível epidêmico (Belém, João Pessoa, Porto Velho e Vitória), 18 estão em nível alto (Aracaju, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Teresina), 2 em nível muito alto (Belo Horizonte e Boa Vista), e nenhuma em nível extremamente alto.

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