Obesidade e sobrepeso aumentam o risco da volta de câncer de mama em mulheres com a doença em fase inicial, diz estudo apresentado em congresso norte-americano que terminou hoje (13)

O oncologista Gilberto Amorim, da Oncologia D’Or, afirma que o trabalho científico apontou o risco aumentado para todos os tipos de câncer e em pacientes antes e depois da menopausa.

A obesidade e o sobrepeso aumentam o risco de o câncer de mama voltar em mulheres com a doença em estágio inicial da doença. A cada 5 quilos/m2 extras – o equivalente a cinco pontos do Índice de Massa Corporal (IMC) – as chances de recidiva crescem entre 5% a 8%. É o que demonstra um estudo apresentado por pesquisadores da Universidade de Oxford, do Reino Unido, no San Antonio Breast Cancer Symposium, que terminou hoje nos Estados Unidos.

Segundo o médico oncologista Gilberto Amorim, da Oncologia D’Or, o estudo impressiona pela grande de base de dados – 206.904 mulheres. “Ele confirma que o excesso de gordura corporal aumenta o risco do câncer de mama, independentemente de sua origem (hormonal ou não) e da mulher estar antes ou depois da menopausa”, afirma.
 Estudo
O estudo dos pesquisadores da Universidade de Oxford, liderados pelo médico Pan Hongchao, analisou dados sobre a recidiva e morte de 206.904 mulheres com câncer de mama inicial inscritas entre durante 1978-2017 em 147 estudos randomizados que compõem o banco de dados do EBCTCG (The Early Breast Cancer Trialists’ Collaborative Group), um grupo internacional de pesquisadores de câncer de mama. Todas as pacientes tinham o IMC registrado, além de informações sobre o diâmetro e o tipo do tumor.
 

Do total de mulheres estudadas, 60% estavam na pós-menopausa no início do estudo e 77% tinham câncer de mama ER+ (com células cancerosas com alto nível de estrogênio). O IMC médio era de 27,1. Mas o IMC era igual ou superior a 30 em 26% das participantes. No início dos anos 1980, a obesidade aumentou 19%, chegando a 27% no início da década de 2010. As mulheres obesas apresentaram 1,17 vez mais possibilidade de recidiva do que as magras. Nas 82.464 mulheres na pré-menopausa, essa proporção foi de 1,08 a cada cinco pontos a mais no IMC . Já nas 124.440 mulheres na pós-menopausa, o risco relativo foi de 1,05. As chances de recidiva foram iguais em mulheres com tumores de origem hormonal ou não.
 

“Existe uma população enorme de mulheres que convivem com sobrepeso e obesidade em diferentes graus no Brasil. O estudo é um alerta para a importância em se manter o peso saudável, seja para reduzir o risco de recidiva do câncer de mama ou para melhorar outros aspectos da saúde”, conclui o médico oncologista Gilberto Amorim.
 

Sobre a Oncologia D’Or

Criada em 2011, a Oncologia D’Or é o projeto de oncologia da Rede D’Or formado por clínicas especializadas no diagnóstico e tratamento oncológico e hematológico, com padrão de qualidade internacional, e que atualmente está presente em onze estados brasileiros e no Distrito Federal. O trabalho da Oncologia D’Or tem por objetivo proporcionar não apenas serviços integrados e assistência ao paciente com câncer com elevados padrões de excelência médica, mas um ambiente de suporte humanizado e acolhimento. A área de atuação da Oncologia D’Or conta com uma rede de mais de 55 clínicas, tem em seu corpo clínico mais de 500 médicos especialistas nas áreas de oncologia, radioterapia e hematologia e equipes multidisciplinares que trabalham em estreita parceria com o corpo clínico da maioria dos mais de 77 hospitais da Rede D’Or. Além disso, a presença das clínicas da Oncologia D’Or em mais de 20 hospitais da Rede abrange a área de atuação em toda a linha de cuidados, seguindo os moldes mais avançados de assistência integrada, proporcionando maior agilidade no diagnóstico e mais conforto e eficiência para o tratamento completo dos pacientes.

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