Sexóloga aponta o que é a independência sexual, fundamental para o empoderamento feminino, e como construir a sua.
Para muitas pessoas, transar com um ou mais parceiros não apenas é divertido, como necessário. Declarar a independência sexual, porém, pode ser ainda mais prazeroso. Falar sobre isso é, também, falar sobre empoderamento feminino, palavra que ficou popular nos últimos anos e significa ter a liberdade de escolher e agir sobre decisões que afetam as próprias vidas.
De acordo com a ginecologista e sexóloga Maria Carolina Dalmboni, a independência sexual vem após anos de luta, e muitos deles nos quais a sexualidade das mulheres girava em torno de agradar o parceiro, ou visando a procriação.
“Quando falamos dessa independência, falamos da mulher ter controle sobre sua sexualidade e consciência de que o sexo é sobre o seu prazer”, comenta. “Isso vem a partir do autoconhecimento e da curiosidade em entender seu papel da sexualidade.”
Ao contrário da crença popular, a liberdade sexual não significa apenas fazer sexo com qualquer pessoa, se essa for a sua escolha. Independência sexual significa ter confiança em sua sexualidade e em seu “eu sensual”. É, sobretudo, sobre libertar-se das opiniões dos outros e viver de acordo com os próprios princípios.
Nos relacionamentos e no sexo, é essencial ouvir o próprio corpo e as próprias vontades. Por isso, descobrir-se é a principal arma para não cair em ciladas sexuais.
“Essa liberdade é útil para escolher relacionamentos saudáveis, para respeitar os próprios limites, e para estar abertos a novas experiências; principalmente, é sobre estar se sentindo bem com seu corpo e mente”, comenta Maria Carolina.
Masturbação é autoconhecimento
A independência sexual também não se resume a escolha de uma parceria. É, ainda, a capacidade de conseguir atingir o próprio prazer, sem depender de terceiros.
Quando falamos do orgasmo e da masturbação feminina, falamos diretamente de todo tabu que cerca o tema, e do quanto a sexualidade da mulher foi – e ainda é – mal interpretada. Por isso, se tocar, se dar prazer e explorar suas zonas erógenas é uma ferramenta imprescindível de autoconhecimento.