Em um cenário onde a euforia da migração total para a nuvem pública esbarra na sobriedade dos custos e dos desafios de conformidade, a nuvem híbrida se apresenta como solução eficiente ao combinar escalabilidade, segurança e redução de custos com flexibilidade operacional
São Paulo, maio de 2025 – A computação em nuvem revolucionou a forma como as empresas consomem tecnologia. No entanto, “Cloud Exit” – que envolve a repatriação seletiva de cargas de trabalho ou a busca por modelos alternativos – ganha força. Pesquisas recentes, como a da Citrix (2024), indicam que 42% das empresas nos Estados Unidos estão envolvidas em iniciativas de saída da nuvem, com um impressionante 94% relatando projetos de correção pós-migração. A constatação de que a migração foi mais cara do que o previsto para mais de 43% dos líderes de TI, corroborada por dados da InfoWorld, destaca a complexidade e os custos de uma estratégia “tudo na nuvem”.
Para Fabiano Oliveira, CTO da NAVA Technology for Business, o abandono total da nuvem seria um retrocesso custoso e exagerado, eliminando os inegáveis benefícios de escalabilidade e agilidade. “O ponto central está na nuvem híbrida, um modelo que combina a agilidade e a elasticidade da nuvem pública à familiaridade da infraestrutura local ou de nuvens privadas dedicadas. Essa orquestração permite reduzir custos, atendendo à demanda sob medida e evitando desperdício de recursos ociosos, ao mesmo tempo em que endereça requisitos de compliance, integração com sistemas legados e a crucial continuidade dos negócios”. Gerenciar essa variedade de ambientes, no entanto, não é trivial. Os desafios vão além da simples coexistência:
Visibilidade fragmentada: a variedade de ferramentas específicas de cada provedor de nuvem cria silos de informação que dificultam a obtenção de uma visão holística do ambiente de TI. Isso impede a otimização de recursos, a identificação de gargalos e a tomada de decisões estratégicas informadas sobre onde alocar as cargas de trabalho.
Governança e segurança: implementar políticas de segurança e governança consistentes em um ambiente de nuvem híbrida demanda a necessidade de gerenciar acessos e políticas em múltiplos domínios e de contar com soluções robustas e integradas que garantam a conformidade e a proteção contra ameaças em toda a infraestrutura.
Provisionamento e automação: a ausência de uma linguagem comum no provisionamento, como a padronização do uso de Infrastructure as Code (IaC), leva a erros, retrabalho e inconsistências.
Latência e conectividade: para aplicações sensíveis ao tempo de resposta, a latência introduzida pela distância entre ambientes locais e a nuvem pública pode ser um fator crítico. Arquiteturas mal planejadas e redes subotimizadas podem prejudicar a performance das aplicações, impactando a experiência do usuário e os processos de negócio.
Superando os desafios com boas práticas de FinOps
Superar esses desafios exige uma abordagem estratégica, e o modelo de FinOps emerge como solução financeira na nuvem híbrida. A adoção de plataformas como VMware Aria, OpenShift e Nutanix facilita o gerenciamento centralizado de diferentes provedores. A padronização de recursos através de tags e convenções de nomenclatura, juntamente com a automação de processos via IaC, garante uma execução eficiente e controlada.
“No aspecto financeiro, o FinOps transcende o controle de gastos. É uma filosofia de responsabilidade e otimização contínua”, explica Oliveira. “Práticas como showback, chargeback, trazem transparência ao consumo, enquanto a definição de KPIs alinhados ao negócio e a capacitação de um Cloud Center of Excellence garantem que as decisões de TI sejam tomadas por uma visão financeira estratégica. Em ambientes multicloud, a centralização de custos, a automação do desligamento de recursos ociosos e a integração da visão financeira são essenciais para evitar surpresas na fatura”, afirma Oliveira.
A nuvem híbrida não é apenas uma solução para o “cloud exit” ou para a contenção de custos; ela é um habilitador para a inovação e a resiliência. Permite às empresas experimentar novas tecnologias na nuvem pública, com menor risco, mantendo dados sensíveis e aplicações legadas em ambientes controlados. Essa flexibilidade impulsiona a agilidade nos negócios e a capacidade de adaptação a um mercado em constante evolução.
Cada empresa possui um ritmo próprio e necessidades específicas. A decisão de adotar a nuvem hibrida e a definição da melhor estratégia dependem de uma avaliação cuidadosa de fatores como custos, velocidade de implementação, integração com sistemas legados e gerenciamento de dados sensíveis. O sucesso nessa jornada está diretamente ligado à maturidade da operação e à capacidade de orquestrar os diferentes ambientes de forma coesa.
“Nesse contexto, contar com um parceiro de tecnologia experiente é fundamental para uma visão mais abrangente do cenário adequado, onde o respaldo de especialistas na tomada de decisão sobre o modelo e na definição das estratégias de adaptação, irão fazer a diferente no resultado”, conclui.
Sobre a NAVA Technology for Business
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