Nelsinho seria o mais cotado para fazer “dobradinha” com Azambuja ao Senado

Neste momento, o senador Nelsinho Trad (PSD) seria o nome mais cotado para fazer uma “dobradinha” com o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) para disputar as duas vagas ao Senado nas eleições gerais do próximo ano em Mato Grosso do Sul.

Entretanto, o Correio do Estado apurou que esse cenário só seria concretizado caso o governador Eduardo Riedel (PSDB) realmente trocasse o ninho tucano para migrar ao PP e que Reinaldo Azambuja assumisse mesmo o PL no Estado.

Com essas duas trocas, os progressistas não lançariam candidato ao Senado, pois já teriam Riedel como candidato à reeleição, e os liberais só teriam um candidato a senador, no caso, Azambuja, permitindo, assim, uma aliança com o PSD de Nelsinho.

Essa possibilidade de dobradinha Nelsinho-Azambuja só ficaria viável caso a federação que está sendo costurada entre Republicanos e MDB não lance candidatura própria ao Senado, abraçando a dupla.

PILARES
Além disso, a escolha do nome do senador do PSD para fazer uma possível dobradinha com Azambuja na disputa pelas duas vagas ao Senado teria três pilares de sustentação. O primeiro deles é uma sondagem interna que teria sido feita pelo PSDB, em que os deputados federais e estaduais, bem como os prefeitos e os vereadores do partido, apontaram Nelsinho como favorito.

Já o segundo pilar é que as pesquisas de intenções de votos colocam Nelsinho atrás somente de Azambuja em Mato Grosso do Sul, enquanto o terceiro e último pilar é que o senador do PSD integra uma ala partidária mais de centro e conservadora.

Procurado pelo Correio do Estado para comentar essa possibilidade que está sendo comentada nos bastidores políticos, Nelsinho declarou que ainda é muito cedo para tal discussão.

“Primeiro, é uma satisfação esse reconhecimento, que é fruto de muito trabalho neste mandato. Entretanto, ainda está muito cedo para que seja definida toda essa história. A gente tem um longo caminho pela frente a ser trilhado e necessita também verificar a conjuntura partidária nacional e estadual”, pontuou.

CENÁRIO COMPLICADO
No entanto, caso esse cenário não se concretize, ou seja, Azambuja não faça uma dobradinha com Nelsinho para disputar as duas vagas ao Senado por Mato Grosso do Sul, a reeleição do senador do PSD ficaria muito complicada.

Afinal, caso Eduardo Riedel não troque o PSDB pelo PP, os progressistas devem lançar um candidato próprio ao Senado, e hoje o mais provável é que seja o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Gerson Claro.

Além disso, na possibilidade de Azambuja não assumir o PL, é possível que o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro também lance uma candidatura própria ao Senado, e o nome, neste momento, seria da vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira.

Dessa forma, a caminhada para a reeleição de Nelsinho Trad teria muitas pedras no caminho, algo que, com a dobradinha com Azambuja, não aconteceria, afinal, o ex-governador conta com o apoio de 44 prefeitos e de 256 vereadores, sem contar os seis deputados estaduais e os três deputados federais.

DANIEL PEDRA

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