Google poderá enfrentar situação semelhante, podendo ser
forçada a vender partes significativas de seus negócios
A Meta, empresa dona de plataformas como o Instagram e WhatsApp, está enfrentando uma batalha judicial com a Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC na sigla em inglês), que pode resultar na venda dessas redes sociais. O processo, iniciado em 2020, acusa a Meta de práticas anticompetitivas ao adquirir essas plataformas, prejudicando a concorrência no mercado de mídias sociais.
Embora o caso tenha sido inicialmente arquivado em 2021, a FTC revisou a acusação e obteve permissão para reabrir a ação. Na última quarta-feira (13/11), o juiz James Boasberg, de Washington (EUA), decidiu que o processo deve seguir em frente. A Meta, por sua vez, tentou arquivar novamente a ação em abril de 2024, mas o juiz determinou que as alegações têm mérito e devem ser analisadas.
A disputa gira em torno da acusação de que a Meta comprou o Instagram e o WhatsApp para reduzir a concorrência no mercado de redes sociais. No entanto, a alegação de que a empresa teria restringido o acesso dos desenvolvedores às suas APIs foi descartada, pois não foram encontradas evidências de práticas anticompetitivas concretas.
Em resposta à decisão, a Meta mostrou-se confiante de que o tribunal reconhecerá os benefícios dessas aquisições para os consumidores. A empresa argumenta que, em um mercado altamente competitivo, suas plataformas enfrentam concorrência de gigantes como YouTube, TikTok, X (ex-Twitter) e iMessage.
A venda do Instagram e WhatsApp, se for determinada pela justiça, pode remodelar o mercado digital e afetar a forma como as empresas de mídia social operam. A Meta defende que as aquisições de suas plataformas ajudaram a promover inovação e beneficiar os usuários, mas os críticos acreditam que a compra desses serviços visou enfraquecer a concorrência e consolidar o poder da Meta no setor de mídias sociais.
Monopólio do Google também pode acabar
Além disso, a Google poderá enfrentar situação similar. O Departamento de Justiça dos EUA está avaliando a possibilidade de forçar a venda de partes significativas do negócio do Google, como o Chrome e o Android, para enfraquecer seu monopólio no mercado de buscas online. A medida visa aumentar a concorrência e evitar práticas que limitem a inovação.
O governo dos EUA também está focado nas acordos de busca padrão feitos pelo Google, e uma das propostas seria limitar ou até proibir esses contratos, que favorecem a empresa em detrimento dos concorrentes.
Ambos os casos refletem uma tendência crescente de fiscalização no setor de tecnologia, com as autoridades buscando formas de garantir um mercado mais competitivo.