Maior partido de MS, PSDB pode sumir mesmo com fusão e com saída de Eduardo Riedel

Maior partido de Mato Grosso do Sul, com o controle de 45 das 79 prefeituras, o PSDB deve sumir no Estado mesmo com a fusão com o Podemos. A única salvação da sigla está no governador Eduardo Riedel (PSDB), assediado pelo PSD e pelo PL, que não descarta trocar de partido para disputar a reeleição em 2026.

Aliás, até o presidente regional do PSDB, o ex-governador Reinaldo Azambuja, cogita trocar de sigla para disputar o Senado, um sonho desde que deixou o Governo em 2022. Os três deputados federais e os seis deputados estaduais também não devem permanecer no partido.

A fusão com o Podemos não deve segurar as lideranças tucanas porque naufragou a tentativa de formar federação com o Republicanos. O presidente nacional do partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, Maros Pereira, descartou a aliança. Até o MDB teria descartado a união.

Riedel é o último governador do PSDB. Na sexta-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, seguiu o exemplo da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, e se filiou ao PSD.

Presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, reforçou o convite para Riedel se juntar aos ex-tucanos. O sul-mato-grossense tem reunião marcada com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, no próximo dia 21 para discutir as eleições de 2026. O jornal O Globo informou que a filiação o tucano é uma das pautas do encontro.

Em entrevista ao jornal Correio do Estado, Reinaldo Azambuja adiantou que o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro à sua eleição ao Senado e à reeleição de Riedel será discutido no encontro. O capitão já apoiou os tucanos de MS nas eleições para prefeito no ano passado.

Sem pressa e discreto, Riedel não dá pistas do destino, mas deverá ser seguido pela maioria dos tucanos em eventual mudança de partido. Outra opção dele é o União Progressista, federação formada pelo União Brasil e PP, presidido pela senadora Tereza Cristina.

O PSD é o mais provável porque não fecharia as portas para Riedel ter o apoio de partidos de esquerda, como PT, PDT e PSB, e repetiria a aliança formada no segundo turno em 2022. No partido de Bolsonaro, Riedel forçaria a esquerda a ter um candidato próprio ao Governo.

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