Má administração: Campo Grande cai para 99º posição no ranking de competitividade

A divulgação do Ranking de Competitividade dos Municípios Brasileiros (veja lista no site) pelo Centro de Liderança Pública (CLP) não traz uma boa notícia para Campo Grande.  Dentre os 411 municípios brasileiros Campo Grande ocupa a 99º posição, tendo ainda caído 6 pontos em relação ao levantamento feito há dois anos pela entidade.

Os indicadores pesquisados com cidades com mais 80 mil habitantes são: inovação e dinamismo econômico, sustentabilidade, educação, saúde e sustentabilidade fiscal, funcionamento da máquina pública, telecomunicações saneamento, segurança, inserção econômica, capital humano e meio ambiente.

O dado é preocupante porque se um grupo empresarial ter que decidir sobre investimentos nos estados e municípios, certamente não o fará em Campo Grande porque perceberá pelos números que a cidade não possui os pré-requisitos básicos para gerar bons negócios.

Ou seja: a Capital está retroagindo a olhos vistos. Os números e dados estatísticos demonstram essa realidade.

Neste caso, o investidor terá no cardápio Três Lagoas (subiu 24 pontos) e Dourados (48 pontos) que estão bem situadas no ranking e oferecem maiores perspectivas de investimentos.

Nesta semana a Revista Isto É publicou reportagem detalhada mostrando que Florianópolis, São Paulo, Barueri e São Caetano do Sul estão no top das unidades municipais para se realizar grandes investimentos.

https://www.istoedinheiro.com.br/

No plano regional, nenhuma cidade de MS figura dentre os 75 melhores municípios para se investir, ficando praticamente todos nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Muitas cidades deram saltos estupendos como Macaé (Rio de Janeiro, saindo de 264º posição para 133º), Ourinhos e Mairiporã. Com isso, fica claro que a situação geográfica não é fator fundamental para o desenvolvimento dos municípios e sim boa gestão e iniciativas inovadoras.

Neste aspecto, Campo Grande vem sendo mal avaliada por, nos últimos anos, ter optado por uma administração provinciana, tipo feijão-com-arroz, sem projetos arrojados que impactem a economia local, apesar de suas inúmeras potencialidades.

Projetando o processo a longo prazo, fica cada vez mais claro que a capital de Mato Grosso do Sul entrou em viés de baixa, com números ruins, pouco atrativos, com evidente deteriorização de sua estrutura urbana. Mesmo obra com o Reviva Campo Grande não tem causado o impacto positivo que se esperava.

Campo Grande é hoje uma cidade cara: IPTU, ISS, energia, água, esgoto, moradia e meios de transporte público, com custo elevado em relação à média nacional.

Muitos empresários, olhando a longo prazo, vão preferir apostar seus recursos em municípios como Dourados e Três Lagoas, que poderão inclusive se tornar mais ricas e populosas ao longo dos anos, transformando Campo Grande numa “cidade do interior”.

Jornal O Estado

Metodologia da pesquisa

O estudo pontuou novas vertentes para formação precisa do quadro, como: o pilar de Meio Ambiente, além dos indicadores de Qualidade da informação contábil e fiscal, cobertura de saúde suplementar, desnutrição na infância, obesidade na infância, transferência de gases de efeito estufa, cobertura de floresta natural, Desmatamento ilegal, velocidade do desmatamento ilegal e áreas recuperadas.

Os resultados que apontam o Ranking de Competitividades dos Municípios foram divulgados nesta segunda-feira (22), pelas organizadoras que norteiam a pesquisa, o (CLP) Centro de Liderança Pública, em parceria com a Gove Digital e o SEBRAE.

Fonte:

https://municipios.rankingdecompetitividade.org.br

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