LGBT – Agressão motivada por homofobia contra a jovem Luana Thais deve ser investigada


Um caso de agressão motivada por homofobia, ocorrido em Campo Grande no último dia 13, no lava a jato localizado ao fundo do estacionamento JM Park, na Avenida Afonso Pena, resultou na instauração de inquérito policial para apurar o crime de homofobia e mais um crime cometido pelo autor Rodrigo Luiz Franca.

Rodrigo Luiz agrediu a jovem LGBT, Luana Thais de Freitas Oliveira, de 22 anos, juntamente com outro funcionário do lava a jato, um menino de apenas 15 anos. A mãe de C.E. da Silva, procurou a DEPAC-CENTRO-CG juntamente com o menino onde foi registrado um B.O relatando a agressão ao menor. Conforme consta no B.O, o menino agredido teve lesões na barriga e nas costas. As imagens de câmeras de segurança do local flagraram o momento em que o agressor Rodrigo Luiz Franca espancou a jovem LGBT, Luana e o menino de apenas 15 anos.


O garoto afirmou em seu depoimento que Rodrigo Luiz Franca é homofóbico, pois o mesmo enfatizou que mataria a jovem Luana por se LGBT. ” Eu não tinha nada haver com a briga. Eu trabalho no lava a jato para ajudar minha família. Quando tentei dizer para o Rodrigo Luiz não agredir a Luana, ele começou a me bater, não tive tempo nem de me defender. Estou com muito medo, pois ele (agressor) frisou por várias vezes que mataria Luana”, disse o menor a redação do Diário MS News.

Repercussão – Caso Luana

Após a mãe da vítima Luana pedir por justiça nas redes sociais e na mídia local, o caso teve repercussão em todo o Estado de Mato Grosso do Sul, através da matéria publicada no site: Diário MS News, com o apelo da assistente social e gestora de serviços de saúde na Capital, Zoraide Freitas, de 54 anos. Ela conta que várias pessoas se comoveram com sua dor.

“Quase não acreditei quando os deputados federais Rose Modesto (PSDB) e Fabio Trad (PSD) demonstraram solidariedade a minha dor como mãe da jovem LGBT”, explica.

Zoraide disse ainda, que indignado com o ocorrido, o deputado federal, Fábio Trad (PSD/MS) garante que enviará ofícios aos órgãos responsáveis, como o Ministério da Justiça e Secretaria da Mulher, além de levar o debate à Câmara. (Como consta em matéria republicada pelo parlamentar referente ao caso Luana).


Fabio Tard acredita que o ato não tenha ocorrido apenas por homofobia, mas também violência de gênero. ” A violência ocasionada por esses dois motivos desconhece limites geográficos, níveis culturais ou classes sociais, expandindo sua virulência silenciosa, que só repercute na mídia quando a atrocidade ultrapassa os limites da bestialidade”, afirma.

Para o deputado o problema é crônico no país. “Tornar a intolerância de gênero, orientação sexual e discriminação racial deve ser uma questão tratada com mais austeridade e com a mesma urgência que a pandemia da Covid-19”, diz o parlamentar, membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados.


Caso


O crime de homofobia e agressão contra a LGBT, Luana Thais aconteceu no último dia 13 de janeiro, quando a vítima iria colocar numa passarela de pedestres a placa de funcionamento do lava a jato da família que fica localizado ao fundo do estacionamento JM Park, na Afonso Pena, Rodrigo Luiz Franca correu em direção da jovem LGBT, Luana onde tentou enforcar a vítima.


Família

A mãe da jovem que foi vítima de agressão e homofobia em Campo Grande pede por justiça. “Não estamos aqui para minimizar o ocorrido, mas, ao contrário, queremos utilizar o fato para evoluirmos e nos transformarmos para numa próxima eventual situação similar saibamos melhor como agir e evitar que tais situações ocorram não somente na minha minha família como na família de outras pessoas LGBTs”, desabafa.

A dor é muito grande relata Zoraide. “Quando assisto as imagens da câmera de segurança da agressão contra minha filha e ela pede por ajuda, e o Rodrigo Luiz Franca dando socos e enforcando brutalmente a Luana eu sofro demais, dói minha alma como mãe. Eu só quero justiça contra o agressor Rodrigo Luiz Franca que machucou minha filha. Estou muito revoltada”, disse a mãe vítima.


Você sabe o que é homofobia?


A definição da palavra deriva de medo patológico em relação à homossexualidade e aos homossexuais, e define o ódio aos homossexuais e o preconceito contra os indivíduos que não se enxergam como heterossexuais. Para além desses significados, esse preconceito afeta pessoas em diversas esferas da vida, prejudica ambientes de trabalho e mata um brasileiro a cada 23 horas.


Homofobia é crime?


Em junho de 2019, o STF decidiu pela criminalização da homofobia e da transfobia, determinando que a conduta passe a ser punida pela Lei de Racismo (7716/89). A pena pode variar de um a três anos, mais multa, podendo chegar a cinco anos se houver divulgação do ato homofóbico em meios de comunicação, como nas redes sociais.

Facebook
Twitter
WhatsApp

Leia Também