IOF sob crítica: especialista alerta para impacto desigual do imposto no Brasil

Accountant calculating profit with financial analysis graphs. Notebook, glasses and calculator lying on desk. Accountancy concept. Cropped view.

Sandro Wainstein, advogado especializado em gestão de risco e negociação, aponta que o IOF penaliza desproporcionalmente trabalhadores e pequenos empreendedores, enquanto o governo busca equilibrar as contas públicas.

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), criado para regular o mercado de crédito e controlar a inflação, tem sido alvo de críticas por sua aplicação prática. O novo decreto que altera o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) começou a valer na última sexta-feira (23), com impacto direto em operações de crédito, câmbio e aportes em seguros do tipo VGBL. A medida foi tomada pelo governo para elevar a arrecadação.

Sandro Wainstein, advogado com expertise em gestão de risco e negociação, explica que “o IOF foi concebido, em tese, como um instrumento de regulação econômica, permitindo ao governo intervir no mercado de crédito, controlar a inflação e gerir fluxos cambiais. No entanto, na prática, sua aplicação revela uma lógica perversa, que penaliza justamente quem mais depende de operações financeiras cotidianas: o cidadão comum e as pequenas empresas”.

O advogado destaca que o IOF, ao incidir diretamente sobre operações como empréstimos, câmbio e investimentos, afeta desproporcionalmente aqueles que mais dependem dessas transações no dia a dia. “Diferente de tributos como o Imposto de Renda, cuja progressividade busca certo equilíbrio entre capacidade contributiva e carga fiscal, o IOF é um imposto que não considera a capacidade contributiva do cidadão. Ele impacta mais fortemente trabalhadores, pequenos empresários e consumidores comuns”, afirma Wainstein.

O especialista também critica o uso do IOF como ferramenta para aumento de arrecadação sem a devida consideração de reformas estruturais. “Em vez de cortar privilégios ou rever gastos ineficientes da máquina pública, opta-se por soluções fáceis que transferem a conta para a população“, observa.

Para Wainstein, é essencial repensar a estrutura e a finalidade do IOF. “A conta chega, portanto, sempre para os mesmos: trabalhadores, empreendedores e consumidores. Em um país onde o acesso ao crédito é vital para a sobrevivência de milhões de brasileiros, a manutenção do IOF nos moldes atuais reforça desigualdades e sufoca o dinamismo econômico“, conclui.

Mais informações sobre a consultoria de Sandro Wainstein e formas de contato estão em: www.wainstein.com.br.

Facebook
Twitter
WhatsApp

Leia Também