Os líderes do PSDB em Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB), aproveitaram a terça-feira para reuniões políticas em busca de decidir o futuro do grupo para a eleição do próximo ano.
A principal reunião aconteceu com a cúpula nacional do PSDB, que estuda união com outras siglas na busca pela sobrevivência. Reinaldo e Riedel informaram aos líderes nacionais que preferem união com PSD ou Republicanos para garantir tempo de televisão e mais recursos para a campanha.
A reportagem já adiantou que a maioria dentro do PSDB de Mato Grosso do Sul entende que uma união ao Podemos não seria o melhor caminho ao partido, que continuaria pequeno. Caso se concretize, o grupo deve se mudar, justamente para Republicanos e PSD.
Na passagem por Brasília, Riedel e Reinaldo também visitaram a presidente do PP em Mato Grosso do Sul, senadora Tereza Cristina. O partido também seria uma saída, principalmente para Riedel, que não é muito fã de articulações políticas. O PP cairia como uma luva para Riedel, que foi eleito para o primeiro mandato tendo Tereza como madrinha. Reinaldo teria mais dificuldade para se filiar ao PP, porque ficaria sob o comando de Tereza.
Riedel e Reinaldo também aproveitaram a agenda em Brasília para conversarem com um dos líderes do PL, senador Rogério Marinho. Ele foi um dos responsáveis por fazer a ponte entre Reinaldo e Jair Bolsonaro, que acabou unindo o PSDB e PL em Mato Grosso do Sul.
Nesta união, Reinaldo fez a promessa de se filiar ao PL, em troca do apoio de Bolsonaro ao candidato dele em Campo Grande, Beto Pereira. Neste arranjo, o PL acabou abrindo mão de candidatura em mais de 20 municípios.
Agora, Reinaldo Azambuja está em dívida com Bolsonaro, que aguarda decisão para definir o futuro do partido em Mato Grosso do Sul. Há uma parte do PL em Mato Grosso do Sul que defende, inclusive, candidatura própria ao governo, mas tudo passará por essa decisão do ex-governador.