Focado na presença das mulheres na política, PSD do Estado elegeu 13 vereadoras

O PSD Mulher em Mato Grosso do Sul entende que não há democracia sem mulheres na política e, por isso, nas eleições municipais deste ano provocou o debate de ações que garantiram a maior participação feminina. A estratégia deu certo e o partido conseguiu eleger 13 vereadoras.

Na prática, a legenda ampliou de 11 para 13 o número de vereadoras eleitas, sendo elas: Darci, Patrícia da Saúde, Nilcilei Dog, Andreia Lourenço, Fernandinha Cazuza, Neia Marinho, Dona Miriam, Angela do Banco, Rose da Saúde, Giovana Filha do Zecão, Lucy Duarte, Neuza Santos e Lurdinha.

O PSD Mulher reforça que, apesar de as mulheres corresponderem a mais da metade da população sul-mato-grossense, elas ainda têm pouca participação na política estadual, o que reflete um pouco do cenário nacional.

Afinal, desde o início da República, em 1889, o Brasil teve uma única presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e 16 governadoras mulheres nas 27 Unidades da Federal. Dessas, só oito foram eleitas para o cargo, enquanto as demais eram vice-governadoras que ocuparam o posto com a saída do titular.

Os dados revelam a nossa história em uma sociedade patriarcal e, apesar de superar o colonialismo, as mulheres ainda precisam enfrentar a colonialidade. O PSD Mulher entende que a questão de gênero é fundamental na busca dessa reparação.

Apenas com o Código Eleitoral de 1932, há 90 anos, o voto feminino foi autorizado em todo o Brasil. Hoje, na Câmara dos Deputados, há 423 homens e 90 mulheres, ou seja, mais de 80% de homens. Em Campo Grande, das 29 cadeiras, apenas uma é ocupada por uma mulher, fato que vai mudar em 2025, pois duas foram eleitas.

Nas eleições municipais deste ano, as mulheres foram apenas uma em cada cinco pré-candidatos às prefeituras das capitais, sendo que em Campo Grande a prefeita foi reeleita. E, como se não bastasse esse número irrisório de mulheres no poder, a Proposta de Emenda à Constituição 9 — que perdoa partidos por não cumprirem cotas para candidaturas de mulheres e negros — foi aprovada no dia 11 de julho deste ano.

É um grande retrocesso e o PSD Mulher reforça que há uma sub-representação imensa de mulheres na política. Elas são apenas 18% no Congresso Nacional e apenas 12% das mulheres comandam as prefeituras brasileiras, embora sejam a maioria do povo.

Mulheres negras nem se falam. Isso deixa a democracia torta. Pautas importantíssimas como creche integral, enfrentamento à violência contra a mulher, como espaços de cuidados nas cidades são invisibilizadas. Por isso, é preciso repudiar essa anistia e continuar na luta por políticas públicas que ampliem a participação feminina e negra na política.

Confira a relação de vereadoras eleitas pelo PSD:

Darci – Amambai
Patrícia da Saúde – Aparecida do Taboado
Nilcilei Dog – Camapuã
Andreia Lourenço – Chapadão do Sul
Fernandinha Cazuza – Deodápolis
Neia Marinho – Glória de Dourados
Dona Miriam – Iguatemi
Angela do Banco – Juti
Rose da Saúde – Miranda
Giovana Filha do Zecão – Naviraí
Lucy Duarte – Ribas do Rio Pardo
Neuza Santos – Rio Negro
Lurdinha – Vicentina

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