Um dos fazendeiros denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal) acusado de ter iniciado fogo que culminou em milhares de hectares queimados no Pantanal em 2020 negou fechar acordo de não-persecução penal e continua sendo investigado pelos crimes ambientais de causar dano direto ou indireto a Unidades de Conservação e de provocar incêndio em mata ou floresta.
O acordo proposto foi de R$ 436.320,00, conforme citado em denúncia do ministério feita à 1ª Vara Federal de Corumbá, em setembro do ano passado. A denúncia se originou da Operação Matàà, da Polícia Federal, que investigava a fonte dos incêndios na planície, deflagrada um ano antes, em setembro de 2020.
Os denunciados são o proprietário da Fazenda Bonsucesso, Ivanildo da Cunha Miranda e funcionário da fazenda, Cauê Cordeiro Vicente. Ivanildo é pecuarista e delator do ex-governador André Puccinelli (MDB), na operação Lama Asfáltica e junto com Puccinelli, ainda responde a processos decorrentes da operação. Outras três propriedades também foram denunciadas, mas os processos correm em sigilo.