Sua aparência não é nada impressionante, mas esta proteína vegetal pode se tornar sua melhor aliada contra o colesterol alto, inflamações e desequilíbrios de açúcar no sangue.
No mundo da alimentação saudável, alguns ingredientes se destacam mais por suas propriedades do que por sua aparência. É o caso do tempeh (ou tempê), uma proteína vegetal fermentada originária da Indonésia que, apesar de ainda não ser muito popular no Brasil, está começando a ganhar espaço em cozinhas conscientes e em cardápios à base de plantas.
Embora frequentemente comparado ao tofu, o tempeh tem uma vantagem clara: seu alto teor de fibras, probióticos naturais e antioxidantes.
Este alimento, feito de soja fermentada, não só oferece uma textura mais firme e um sabor mais intenso, mas também demonstrou ter um impacto positivo na saúde digestiva, no metabolismo e na inflamação crônica.
Cada vez mais estudos apoiam sua inclusão em dietas que buscam prevenir doenças como diabetes tipo 2 ou colesterol alto. Hoje, mais do que uma moda passageira, o tempeh surge como uma excelente alternativa para quem busca uma alimentação mais saudável sem complicar a cozinha.
O que é o tempeh?
O tempeh é tradicionalmente feito de soja fermentada com um fungo do gênero Rhizopus. Ao contrário do tofu, que é mais processado e carente de fibras, o tempeh retém o grão integral, conferindo-lhe uma textura firme e um sabor mais intenso, com notas que lembram nozes ou cogumelos.

Esse processo de fermentação natural não apenas melhora a digestibilidade da proteína, mas também enriquece os alimentos com compostos bioativos que promovem a saúde intestinal e fortalecem o sistema imunológico.
Por que é considerado um alimento funcional?
O tempeh se destaca por seu perfil nutricional completo: contém todos os aminoácidos essenciais, é rico em fibras alimentares e fornece vitaminas do complexo B, cálcio, ferro e antioxidantes naturais.
Graças ao processo de fermentação, sua digestibilidade é significativamente melhorada e seus benefícios para a flora intestinal são potencializados. Além disso, tem pouca gordura saturada e é livre de colesterol, o que o torna uma excelente opção para pessoas com resistência à insulina, colesterol alto ou doenças inflamatórias.
Como preparar e saborear em casa
O tempeh pode parecer intimidante no início, mas seu preparo é simples e permite muitas variações. É melhor cozinhá-lo antes de comer, seja no vapor, salteado ou assado.
- Salteado na frigideira: basta cortá-lo em fatias ou cubos e refogá-lo com azeite, alho, molho de soja ou algumas gotas de suco de limão. Ele fica dourado por fora e suculento por dentro.

- Marinado e assado: Se você procura uma textura mais firme e um sabor mais intenso, pode pré mariná-lo com especiarias, ervas ou marinadas e depois assá-lo até ficar crocante por fora.
- Em sanduíches ou tacos: Graças à sua textura carnuda, o tempeh funciona muito bem como substituto da carne em preparações como tacos ou sanduíches de vegetais. Ele fornece proteína e um sabor umami que combina bem com vegetais frescos, salsas ou guacamole.
- Como recheio: Quando esfarelado, o tempeh adquire uma textura semelhante à da carne moída. É perfeito para fazer empanadas, lasanhas, bolinhos de batata ou até mesmo versões veganas de bolonhesa.
O tempeh não é apenas versátil e fácil de preparar, mas também se adapta a uma variedade de culinárias. Seu sabor neutro com notas de nozes o torna um ingrediente ideal para experimentar e aprimorar pratos saudáveis.
Onde obtê-lo e como conservá-lo?
O tempeh pode ser encontrado em lojas de produtos naturais, grandes supermercados e alguns mercados de alimentos naturais. Ele vem refrigerado ou congelado e se conserva bem por várias semanas.
É importante verificar o aroma e a textura antes de comê-lo: ele deve ter um leve cheiro de nozes ou pão fermentado e uma textura firme. Se apresentar manchas de mofo de cores diferentes do branco (como rosa ou preto), deve ser descartado.
Referências da notícia
– Rivera, J. (2025). Esta proteína vegetal poco conocida ayuda a prevenir la diabetes y a combatir la inflamación. MSN Noticias.
– Yusof, H. M., Ali, N. M., Yeap, S. K., Ho, W. Y., Beh, B. K., Koh, S. P., Long, K., & Alitheen, N. B. (2019). Anti‑inflammatory, analgesic and acute toxicity effects of fermented soybean. BMC Complementary and Alternative Medicine, 19, 373.