Especialista dá dicas sobre cuidados com o coração

Hipertensão, diabete, obesidade, sedentarismo, tabagismo e níveis altos de colesterol, por exemplo, são algumas das várias condições que podem facilitar a ocorrência de Infarto ou AVC (Acidente Vascular Cerebral).

No último dia 8 de agosto foi celebrado o Dia Nacional de Combate ao Colesterol e controlar as taxas de gordura é fundamental para que haja a redução nos riscos com relação a doenças do coração. E um dos principais fatores para essas doenças relacionadas ao coração, é o colesterol alto.

Em 2017 uma pesquisa realizada pela SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) mostrou que mais da metade das pessoas, cerca de 67%, desconheciam os valores dos níveis de colesterol em seus organismos.

A reportagem do portal O Estado Online conversou com o cardiologista da Unimed Campo Grande, Dr. Délcio Gonçalves da Silva Junior sobre como se prevenir e combater casos relacionados ao infarto e também ao AVC.

De acordo com o médico, é preciso manter uma boa saúde e buscar um estilo de vida saudável equilibrado. “Hipertensão, diabete, obesidade, sedentarismo, tabagismo e níveis altos de colesterol por exemplo. Esses são apenas alguns de várias condições que podem facilitar a ocorrência de Infarto ou AVC. No geral manter uma boa saúde passa por manter um estilo de vida saudável equilibrado e passar por avaliações médicas periódicas, o que permite identificar precocemente doenças e alterações no estado de saúde que promovem as doenças cardiovasculares”, explica.

Atividade Física – Recomenda-se que sejam feitos 150 minutos de atividade física por semana para adultos e 300 minutos semanais para crianças e adolescentes. A recomendação é da OMS (Organização Mundial da Saúde (OMS) para indivíduos saudáveis e assintomáticos. No mundo, um em cada cinco adultos e quatro em cada cinco adolescentes (com idade entre 11 e 17 anos) não praticam atividade física suficiente.

Mortes – Controlar o colesterol e associado a uma alimentação saudável, bem como à pratica de atividades físicas reduzem em 80% os óbitos. No mundo mais de 18 milhões de pessoas já morreram em virtude de doenças cardiovasculares e no Brasil, essa é a principal causa. A previsão é de que até 2040 terá um aumento de até 250% nos casos dessa natureza no país.

Prevenção – Para o cardiologista Dr. Délcio, ações que mirem no combate as mazelas da população é bem-vinda. “As DCV são as campeãs de letalidade no mundo. O Infarto é o primeiro colocado sempre. Então, medidas que promovam conscientização da população, prevenção, treinamento das equipes envolvidas é fundamental. Mas o mais importante nisso tudo é a logística. O infarto depende de tempo, de agilidade no atendimento inicial. E de recursos claro! è bom ver que os gestores estão se movimentando para agir na principal causa de morte e invalidez da nossa população. Há muito por fazer”, diz.

Em agosto, na cidade de Campo Grande foi instituído o Programa de Prevenção ao Infarto do Miocárdio sob a Lei nº 6.903 de 02/08/2022. O programa inclui a readequação do “Disque Samu 192” para inclusão do referido serviço. Além disso, serão realizadas qualificações de profissionais para o atendimento de forma rápida, após a identificação dos sintomas. Bem como, orientação dos primeiros socorros por telefone, direcionamento do paciente para um hospital de referência, o mais rápido possível e a notificação do hospital de destino.

Ainda de acordo com o especialista, as doenças degenerativas crônicas, não transmissíveis ou traumáticas, são responsáveis por cerca de 70% das mortes globais, perto de 38 milhões por ano.

“Quase a metade dessas mortes, 45% ocorrem por doença cardiovascular, ou seja, 17 milhões. O mesmo ocorre no Brasil, onde 30% devidas a DCV. No nosso estado essa estatística se mantém, 30 a 33% das mortes ocorrem por DCV e em primeiro lugar as doenças isquêmicas cardíacas”, explica Dr. Délcio.

Assim como no ano passado, houve aumento das mortes por DCV em domicílio, que registraram aumento de 11,74%. Foram mais de 42 mil óbitos nos primeiros seis meses de 2021, ante quase 38 mil mortes no mesmo período do ano passado.

DVC – A definição de DCV pode variar de acordo com o estudo, desde a inclusão de todas as doenças listadas no Capítulo IX da CID-10 até o simples agrupamento das 3 principais causas (DIC, AVC e insuficiência cardíaca). Para o GBD, a definição de DCV total engloba 10 causas: cardiopatia reumática, DIC, doença cerebrovascular, cardiopatia hipertensiva, cardiomiopatia, miocardite, fibrilação e flutter atrial, aneurisma aórtico, doença vascular periférica e endocardite.

*Com informações SBC e Assessoria

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