Diferença de recursos revela preferências partidárias em campanhas

Candidatos a vereador em Campo Grande estão enfrentando diferenças do próprio partido no investimento para campanha. Os valores variam de acordo com preferências pessoais e apostas dos partidos.

Os repasses para uns, em detrimento de outros, provocaram confusão no Partido Liberal (PL), onde Ana Portela e o ex-deputado federal, Tio Trutis, receberam R$ 300 mil, enquanto outros ainda aguardavam recurso.

Somente na última sexta-feira que o ex-deputado estadual Rafael Tavares e o ex-vereador André Salineiro receberam recuso de R$ 170 mil. A previsão é de que eles recebam R$ 100 mil a menos que a filha do presidente e o ex-deputado federal.

No PSDB, que tem o maior número de partidos coligados, dinheiro não é problema para os candidatos, que já receberam o depósito do partido. A diferença está no total repassado entre os filiados, que varia de acordo com as chances analisadas pelo partido.

Os vereadores levam vantagem, com investimento de R$ 300 mil. São raros os casos de candidatos que não têm mandato e que recebem este mesmo valor. No PSDB, Flávio Cabo Almi é um dos privilegiados, com R$ 300 mil do partido. Valor muito maior, por exemplo, do que Cristina Rodrigues, que recebeu R$ 70 mil até o momento. O valor dela é quase metade de outro candidato que não tem mandato, Dr. Rodrigo Nascimento, que recebeu R$ 130 mil.

No Partido Progressista, os vereadores também recebem o maior valor do partido. Líder da prefeita, Beto Avelar (PP) já tem R$ 200 mil depositados pelo partido. Também candidatos do PP, Jafé e Donda Delmondes receberam apenas R$ 20 mil. Situação muito diferente do ex-vereador Chiquinho Telles (PP), que recebeu igual vereador, R$ 200 mil. Ex-secretário da Juventude de Adriane, Maicon Nogueira (PP) recebeu R$ 140 mil do partido.

No Partido dos Trabalhadores, a vereadora Luiza Ribeiro (PT) lidera a arrecadação, com R$ 176 mil do partido, valor superior a do colega de bancada, Ayrton Araújo, que por enquanto recebeu R$ 76 mil. No partido também há diferenças entre candidatos sem mandato. Presidente licenciado da Fetems, Jaime Teixeira recebeu R$ 76 mil, enquanto Landmark, ex-assessor de Vander, recebeu R$ 38 mil, e Marcão Renovação, um depósito de R$ 7,6 mil.

Único vereador do União Brasil, Coronel Villasanti recebeu R$ 97,8 mil do partido, que tem o terceiro maior fundo eleitoral. Os ex-vereadores, Dr. Lívio e Francisco Veterinário, também receberam o mesmo valor do partido. Os demais candidatos receberam R$ 48,9 mil.

No MDB, vereadores têm recurso mais modesto até o momento. Presidente do partido em Campo Grande, Dr. Jamal recebeu R$ 40 mil, enquanto os colegas de bancada, Junior Coringa e Dr. Loester contam com R$ 10 mil do diretório nacional.

Presidente do Republicanos, o vereador Betinho recebeu R$ 55 mil do diretório nacional, assim como Bosco Martins, enquanto Edvania Garcia e Cynthia Mulheres Por CG, R$ 30 mil, cada.

Filiados a partidos menores, candidatos famosos têm menos recurso para campanha. É o caso do presidente da Câmara, vereador Carlão (PSB), que só recebeu R$ 6,1 mil do partido. O recurso é pouco, mas superior ao Avante, por exemplo, onde Edu Miranda ainda não recebeu dinheiro do partido.

O ex-prefeito Marquinhos Trad (PDT), recebeu R$ 45 mil do novo partido.  O recurso é menor do que o repassado pelo PSD, antigo partido dele, aos candidatos.  Otávio Trad e Gilmar da Cruz, vereadores do PSD na Capital, receberam R$ 77 mil. No partido, uma situação curiosa, com a Subtenente Edilaine na liderança em recursos, com R$ 116 mil do partido. Os valores depositados para cada candidato, assim como as despesas, estão disponíveis no endereço: https://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/candidato/CENTROOESTE/MS/2045202024

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