Atenção redobrada: atitude responsável em praias, piscinas, clubes, rios, cachoeiras, represas e a presença de um adulto fazem toda a diferença para evitar casos fatais
Dados divulgados no primeiro semestre de 2022 pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) são alarmantes: os afogamentos em praias, piscinas, rios e represas são a causa de 5.700 mortes por ano no Brasil. Crianças e jovens do sexo masculino são as principais vítimas. Na faixa entre 15 e 21 anos, o número de mortes é 17 vezes maior do que o de mulheres, mais de 90% das mortes acontecem por ignorar os riscos e não respeitar limites pessoais.
O levantamento da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático apontou que a principal causa de morte de crianças entre 1 e 4 anos é o afogamento. No Distrito Federal, de janeiro a julho deste ano, 72,7% dos afogamentos envolviam crianças. No Brasil, os afogamentos são a segunda maior causa de mortes e a sétima de hospitalização por motivos acidentais entre crianças de 0 a 14 anos, segundo a ONG Criança Segura.
Por que a água atrai tanto o interesse das crianças? “Em primeiro lugar, o meio líquido nos remete à vida intrauterina, gerando conforto e um sentimento de proteção. Em segundo lugar, a água é um ambiente que proporciona sensações diferentes, como efeito massageador e maior liberdade de movimento em virtude da flutuabilidade. Isso acontece devido às propriedades físicas da água: o empuxo, que reflete na flutuabilidade e a pressão hidrostática, que explica o efeito massageador. Em terceiro lugar, a água é refrescante, agradável e propicia inúmeras brincadeiras que só são possíveis nela. Banho de mangueira ou na banheira e brincadeiras na piscina, como saltos da borda e mergulhos, são apenas alguns exemplos de momentos super agradáveis e divertidos”, relata Thiago Ferreira, Master Trainer da Bodytech Company.
O profissional de Educação Física listou algumas dicas para redobrar o cuidado:
- Não deixar objetos espalhados que possam causar quedas perto da borda da piscina.
- Não deixar as crianças sozinhas na área da piscina, mesmo que saibam nadar. Elas sempre devem estar acompanhadas e ser supervisionadas por um adulto
- Instale equipamentos de segurança como grades de proteção e botão de emergência, principalmente em ambientes frequentados por crianças.
- Não confie 100% em boias, pois elas podem trazer uma “falsa” sensação de segurança. Dependendo do tamanho do acessório, da idade da pessoa e das habilidades aquáticas, pode-se virar o corpo com a cabeça submersa ou em decúbito ventral e não conseguir “desvirar”.
- Converse sempre com as crianças para respeitar as regras da piscina.
- Além dessas dicas, é importante lembrar que, no verão, normalmente chove bastante. Por isso, as piscinas descobertas devem ser evitadas nesses dias, já que os elementos químicos presentes na água são condutores elétricos e podem colocar a vida em risco com a queda de raios.
11 cuidados básicos e regras para evitar acidentes:
1) A criança sempre deve estar acompanhada e supervisionada por um adulto. Irmãos mais velhos não podem ser responsáveis pelos mais novos.
2) Não permita que a criança brinque ou nade perto de ralos e drenos de sucção.
3) Lembre-se de que a participação das crianças em aulas de natação diminui o risco de afogamentos.
4) Nunca confie num flutuador.
5) Converse sempre com seus filhos sobre os riscos de piscinas, praias ou represas.
6) Retire os brinquedos da piscina e do seu entorno após o uso.
7) Se tiver uma piscina em casa ou no sítio é recomendado que ela tenha uma espécie de cercado para evitar o acesso das crianças.
8) Não permita que as crianças se empurrem perto da borda da piscina.
9) Oriente as crianças a andar ao redor da piscina (e não correr neste ambiente).
10) Antes de a criança entrar na piscina, verifique se ela está se sentindo bem.
11) Conheça a profundidade da piscina antes da criança entrar ou mergulhar nela.
Prudência não é algo tão fácil de ser assimilado por crianças. A melhor maneira é ensinar os pequenos a nadar. “Durante as aulas de natação, os professores utilizam estratégias de prevenção de acidentes através de metodologias adequadas para cada idade. Além disso, os pais devem conversar com as crianças e alertá-las das regras de segurança sempre antes de entrar na piscina ou praias. A abordagem principal está pautada na prevenção, ou seja, em evitar que os acidentes aconteçam. É importante também a abordagem do salvamento, feita somente pelos professores, mas o fundamental é conscientizar as crianças sobre os procedimentos de prevenção e cuidados”, orienta Ferreira.
O principal bem da Bodytech Company são seus clientes, e muitos começam a frequentar as unidades aos seis meses para as aulas de natação com os pais. “O cuidado em relação à segurança aquática está presente em todos os momentos da aula, na atualização da metodologia técnica, no treinamento dos profissionais e nos eventos promovidos aos alunos. A segurança está sempre em primeiro lugar”, ressalta Paula Toyansk, gerente nacional Acqua e Kids da Bodytech Company.
Os principais cuidados adotados por toda a rede são:
- Uso de plataformas redutoras de profundidade nas aulas baby e kids.
- Treinamento periódico de salvamento aquático para todos os profissionais.
- Capacidade máxima de cada turma compatível com a idade das crianças e nível de habilidades aquáticas.
- Orientações diárias aos alunos sobre prevenção de acidentes.
- Evento de segurança aquática realizado no mês de novembro.
- Além do ensino da técnica dos nados, a metodologia também explora exercícios de autonomia aquática e sobrevivência.