Parosmia: fique por dentro sobre uma das disfunção causada pelo novo coronavírus

Comida com cheiro de lixo, café com odor bem diferente do normal e produtos de limpeza sem aroma refrescante? Esses sintomas são comuns de quem sofreu com a covid-19, está se recuperando da doença, mas ainda sofre com os resquícios do vírus. O que poucos sabem que o nome científico desta disfunção se chama Parosmia.

A Parosmia acontece pela chegada do vírus nas células e se dá pela ligação da proteína S (de spike, espícula) a receptores da enzima conversora da angiotensina 2 (ACE2), que ficam na sua superfície. Os neurônios olfativos não têm esses receptores, o que não é o caso das células de sustentação, que têm muitos. Segundo especialistas, essas células mantêm um delicado equilíbrio iônico no muco de que os neurônios dependem para realizarem o envio ao nosso cérebro. Se houver um rompimento no equilíbrio, a sinalização neuronal pode ser interrompida, e em consequência o olfato.

“As distorções olfativas são sintomas que surgem após a infecção pelo coronavírus, que ataca diversas partes do nosso corpo, como o cérebro e as células do nariz. Dessa forma, sentidos básicos como o olfato são alterados sensivelmente, provocando a parosmia. As terminações nervosas nasais enviam sinais distorcidos ao cérebro, que passa a decodificar como odores, cheiros ruins”, comenta Alexandre Cury, coordenador do curso de Medicina da Uniderp.

Vale lembrar que a parosmia decorrente da covid-19 tende a ser transitória, porém o tempo da recuperação total do olfato pode levar até seis meses. Entretanto, esse processo pode ser acelerado com a procura de profissionais como médicos otorrinolaringologistas, que auxiliam o paciente a se tratar com brevidade. Esses tratamentos podem ser realizados por meio de sessões de treinamento olfatório, com a recuperação dos sentidos básicos.

Assessoria de Imprensa

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