Tema de audiência realizada ontem (23) na Assembleia Legislativa, por proposição do deputado estadual Neno Razuk (PL), o autismo foi o assunto debatido na tribuna da Casa de Leis, durante a sessão ordinária desta terça-feira (24). O deputado Professor Rinaldo Modesto (Podemos) foi o primeiro a abordar o assunto. “Meu objetivo é parabenizar pela iniciativa dessa audiência pública, temos que trabalhar cada vez mais nestas perspectivas. Temos que discutir ainda mais a acessibilidade. Nossa população não está preparada para conviver com o que é diferente por falta de conhecimento”, destacou.
“A educação é essa luz que ilumina as pessoas e as tiram da ignorância, sendo a mola mestra para o desenvolvimento de todas as áreas de nossa sociedade. O Japão é um exemplo de investimento na educação. Em nosso Estado quando trata desse assunto, somos uma referencia no Brasil Inteiro, eu tenho honra de ser o criador da Lei 4770/2015, que criou o CFOR Mariluce Bittar para ensinar e capacitar o professor, muitas vezes a escola particular não tem esse professor qualificado, somos uma referência”, continuou Professor Rinaldo Modesto.
O deputado também elogiou a cartilha elucidativa entregue ontem durante a audiência pública. “É necessário conhecer para proteger, tenho primos autistas, e conheço outros autista. Muitas vezes as crianças e adultos são discriminadas porque aqueles que estão ao seu lado não conhecem, já que eles têm sua especificidade. A cartilha é importante para todos, e também trabalharmos para capacitar os professores. Devemos trabalhar na perspectiva da inclusão.
O deputado Gerson Claro (PP), presidente da ALEMS, parabenizou a realização da audiência. “Em nome da Mesa Diretora, os nossos parabéns e o reconhecimento do empenho de vossa excelência em nome de uma causa. Essa semana, escutei um pseudo-jurídico fazer um debate com a justificativa que todos são iguais perante a lei, ele só esqueceu de dizer que todos são iguais se foram todos iguais. Temos que reconhecer as diferenças em nossa sociedade e ter o mínimo de capacidade que vossa excelência traz para essa Casa esse debate, e pode contar sempre com nosso empenho porque reconhecidamente vejo que o senhor tem compromisso com essa causa e pode contar conosco, sempre”, declarou.
O deputado Neno Razuk (PL) agradeceu ao reconhecimento pela realização da audiência pública. “Agradeço a todos os envolvidos para a realização da audiência. Tivemos muitos profissionais que nos esclareceram sobre o tema. Estou muito feliz em ter participado na elaboração da cartilha, que ficou muito esclarecedora e explicativa. Espero que ela alcance os profissionais da saúde, educação, pais e famílias de pessoas que tem o Transtorno do Espectro Autista [TEA]”, ressaltou.
O deputado Coronel David (PL) também falou da importância do tema da audiência pública de ontem. “Cumprimento meu amigo Neno Razuk, que esteve a frente da audiência pública, demonstrando que a Casa de Leis, cada vez mais, está se inteirando e participando desta discussão tão importante para a sociedade. Que essa cartilha possa ecoar não só em Mato Grosso do Sul, mas também em outros rincões do Brasil”, desejou David.
A deputada Lia Nogueira (PSDB) informou que não esteve presente, mas enaltece as causas do mandato do propositor da audiência. “Eu falo dessa questão com muita propriedade, tenho um filho autista, e enfrento uma batalha até hoje, não romantizo a situação. Passei preconceito e ainda passo. A legislação já avançou muito, mas ainda há muitas barreiras. As peculiaridades devem ser levadas em conta. Precisamos também de uma política que abrace quem cuida de deficiência”, relatou.
O deputado Lucas de Lima (PDT) destacou que é realmente necessário a inclusão das mães. “Fundamental as mães nessa inclusão social, elas são quem mais sofrem cuidando desses filhos, já que são focadas em cuidar das crianças. Projeto tramitando que traga essas políticas as mães de PCDs em geral. Que essa cartilha seja propagada e ensine muitos”, concluiu.
O deputado Zé Teixeira (PSDB) reiterou a seriedade do assunto. “O assunto é muito sério, é uma causa e realmente tinha que envolver os três poderes para poder dar uma atenção adequada. Há muito tempo fiz um projeto que é lei aqui em Mato Grosso do Sul, o Colar de Girassol para diferenciar o autista, para que com seu uso, tratem ele de forma adequada”, explicou.