Com sede de lucro, Petrobras sobe preços dos combustíveis e promete mais aumentos

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (8) aumentos dos preços médios de venda aos distribuidores da gasolina, diesel e GLP, que deverá vigorar a partir de terça-feira (9), segundo comunicado da estatal.

O preço médio de venda de gasolina nas refinarias da Petrobras passará a ser de R$ 2,25 por litro, refletindo aumento médio de R$ 0,17 por litro. Já o preço médio de venda de diesel passará a ser de R$ 2,24 por litro, refletindo aumento médio de R$ 0,13 por litro.

É a terceira alta do ano nos preços da gasolina, e a segunda no valor do litro do diesel. Desde o início do ano, a Petrobras já elevou em 22% o preço da gasolina – em dezembro, o litro custava R$ 1,84.

Já o diesel subiu 10,9%. Com as novas altas, o litro da gasolina passou a custar mais caro que o do diesel às distribuidoras.

Já o preço médio de venda de GLP da Petrobras para as distribuidoras passará a ser de R$ 2,91 por kg (equivalente a R$ 37,79 por 13 kg), um aumento médio de R$ 0,14 por kg (equivalente a R$ 1,81 por 13 kg).

Política de preços

Na bolsa de valores, as ações da Petrobras têm queda, com os investidores de olho na política de ajustes de preços de combustíveis e preocupações quanto à transparência das decisões da estatal.

A petroleira divulgou comunicado neste domingo (7) para reafirmar que não houve alteração no alinhamento dos seus preços de combustíveis em relação ao praticado no mercado internacional após ter confirmado na sexta-feira que ampliou de trimestral para anual o prazo limite em que calcula a paridade internacional de preços.

Mato Grosso do Sul

Que a gasolina subiu no Mato Grosso do Sul, isso não é novidade. Porém se for feita uma breve pesquisa. De acordo com um levantamento feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP), o valor médio cobrado pelo combustível foi de R$ 4,969, e preço máximo encontrado nos postos chegou a R$ 5,299. Nos últimos cinco anos, o aumento foi de 63,8%.

Para deixar a situação mais leve, os brasileiros lançaram nas redes sociais o meme: o que chega primeiro a R$ 6, a moeda americana ou o combustível?

A dona de casa Ana Lúcia Souza, de 53 anos, também acredita que a gasolina pode bater R$ 6 primeiro, porque “falta pouco para chegar lá”. Relatos de motorista na internet, por exemplo, dão conta de que em Angra dos Reis o litro do combustível já chegou a R$ 6. Mas a dona de casa se mostra mais assustada com os preços nos supermercados dos produtos impactados pelo dólar:

O frentista Francisco Aragão, de 52 anos, diz que durante os seis meses em que vem trabalhando num posto já acompanhou cinco aumentos no valor do combustível.

— A gasolina vai chegar a R$ 6 em maio — cravou.

O vendedor de tapioca José Ferreira da Costa, de 33 anos, faz a mesma aposta, mas estima que o valor seja alcançado em meados de 2020. Roberto Dumas, professor de Economia Internacional do Ibmec/SP, explica que o alto preço da gasolina é justificado pela desvalorização do real e pela política de preços da Petrobras, que prioriza a equiparação dos custos locais com os valores internacionais:

— Quando o preço do petróleo sobe lá fora, é natural que suba aqui. Somem a isso a depreciação cambial e o cenário ruim para esses produtos, o que não é animador.

Fonte: G1

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