Durante a primeira sessão ordinária do segundo semestre de 2024, o deputado estadual Roberto Hashioka (União Brasil) chamou a atenção para a situação da BR-163 em Mato Grosso do Sul, que hoje é administrada pela concessionária CCR MSvia. A manifestação ocorreu nesta terça-feira, 16, na Casa de Leis. Conhecida como “rodovia da morte”, a BR-163 continua registrando acidentes graves no trecho que passa pelo estado.
Hashioka iniciou falando da retomada dos trabalhos legislativos após o recesso parlamentar. “Mas enquanto nós paramos, a BR-163 não parou. A BR-163 continua matando. Nos últimos 30 dias, mais 15 mortes. E hoje, quando vinha de Nova Andradina para Campo Grande, no quilômetro 408, mais um acidente com vítima fatal.”
Para o deputado, a insegurança da via nos últimos dez anos impacta fortemente a vida das pessoas. “Essa situação demonstra claramente que, quando se tem leniência, irresponsabilidade e insensibilidade, a população é muito prejudicada”.
Hashioka destacou a importância da rodovia e mostrou-se inconformado com a impassibilidade dos responsáveis. “Fica aqui registrada a minha indignação, mais uma vez, por conta do que vem ocorrendo nessa rodovia tão importante que liga o norte do nosso estado ao sul, transcorrendo um trecho de 845 quilômetros, pois continua colocando em risco a segurança da população sul-mato-grossense e daqueles que transitam pelo nosso estado”, ressaltou.
De acordo com dados abertos da Polícia Rodoviária Federal, em 2023, foram registrados 755 acidentes envolvendo 1.745 pessoas, com 64 óbitos. No ano interior, foram 53 óbitos; ou seja, um aumento de 20,8% no número de mortes decorrentes de acidentes na via. Em função dessas ocorrências e da nova concessão, que está em fase de análise, a Comissão de Acompanhamento do Processo de Relicitação ou Repactuação do Contrato de Concessão da BR-163/MS foi retomada e está entrando com uma Ação Civil Pública para suspender o reajuste tarifário cobrado pela CCR MSVia na BR-163.
Além de Hashioka, fazem parte da Comissão os deputados Junior Mochi (MDB), Mara Caseiro (PSDB), Pedrossian Neto (PSD) e Caravina (PSDB).
Por: Adriana Viana Foto: Adriana Viana