Como identificar áreas degradadas em áreas rurais e urbanas?

Professora do Senac EAD explica métodos para identificar cenários de deterioração e iniciativas para recuperar o solo

A preservação do meio ambiente e a proteção dos recursos naturais estão no centro das atenções globais e compõem as principais metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ( ODS ), estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

No Brasil, uma das ações que reúne esforços de pesquisadores, do poder público e da iniciativa privada é a recuperação de áreas degradadas. Pelo fato de o país se destacar em produção e exportação de alimentos, existe uma atenção redobrada para reduzir o empobrecimento do solo no campo, contudo, nas áreas urbanas, esse processo também é observado e necessita de cuidados.

Inicialmente é preciso esclarecer que áreas ou paisagens degradadas podem ser conceituadas como locais onde existem (ou existiram) processos causadores de danos ao meio ambiente. A afirmação é confirmada no decreto federal 97.632/89 e reforça, ainda, que essa condição reduz a qualidade produtiva dos recursos naturais.

Além disso, um ecossistema danificado terá dificuldades para a regeneração biótica, que será difícil ou lenta. Por isso, é necessário o apoio de ações humanas para acelerar o processo de restauração. Vale destacar que as principais formas de degradação do solo são: desertificação, arenização, processos erosivos, salinização, laterização, poluição direta e contaminação.

Iniciativas no território nacional

A professora da graduação de Tecnologia em Gestão Ambiental do Senac EAD, Caroline Cichoski, argumenta que o setor privado tem contribuído com algumas iniciativas para a recuperação de florestas e áreas desgastadas, estimuladas pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima ( UNFCCC ), por exemplo.

“Uma das ações permite que empresas comprem créditos de carbono em projetos de combate ao desmatamento e à degradação florestal, de manejo sustentável e de conservação da vegetação nativa. Ações como essas são crescentes no cenário nacional, no qual observamos a urgência de redução de emissões e do sequestro de carbono, frente às previsões preocupantes das mudanças climáticas”, pontua.

Sobre ações no âmbito urbano, a professora do Senac EAD explica que podem ser identificadas em projetos de macrodrenagem, como, por exemplo, em situações de recuperação das margens dos rios. “Os planos para restabelecimento nas cidades podem partir de pequenas ações, como cobertura vegetal em áreas públicas e construções de projetos verdes como a instauração do Parque Ecológico do Tietê (PET)”.

Na área rural é comum a necessidade de regeneração do solo, em razão da remoção da vegetação protetora e da exposição contínua do material orgânico às intempéries climáticas. Um exemplo apresentado por Caroline é de regiões com declividade acentuada, onde o fluxo de água proveniente de chuvas se concentra em determinados canais, levando à ocorrência de sulcos e voçorocas.

“O restabelecimento destas áreas depende da inclusão de obras de engenharia (construção de morundos, canaletas e caixas de drenagem), visando desviar a concentração do fluxo de água e, depois, intervindo ou aguardando o processo biológico para revegetação e estabilização dos taludes e precipitações geradas pela erosão”, reforça.

Identificando a degradação

Segundo a professora do Senac EAD, algumas metodologias podem ser utilizadas para detectar a condição de deterioração do solo. Em ambientes rurais os primeiros indícios devem ser observados no período de estiagem, já que as pastagens ou culturas plantadas em solos exauridos sentem com maior intensidade os efeitos da seca.

“Outras características facilmente observadas são as alterações físicas do relevo, em que é possível perceber surgimento de sulcos e voçorocas em espaços sem cobertura vegetal. A melhor indicação para preservação é o cumprimento dos requisitos legais, que tratam como áreas de proteção permanentes perímetros com declividade acentuadas”, observa Caroline.

Em contrapartida, o processo de degradação de áreas urbanas é observado, principalmente, no escoamento superficial das águas, que causa grandes erosões em espaços de solo exposto ou mesmo pavimentados. “A melhor forma de evitar essa situação é por meio da elaboração de um bom plano de drenagem urbana, considerando também a necessidade de recomposição da cobertura vegetal, com áreas verdes que tanto protejam o solo da erosão, como contribuam para o processo de percolação/infiltração da água”, conclui.

Uma das áreas de conhecimento em destaque no Senac EAD é o meio ambiente, com oportunidades de cursos com formações: técnica graduação aperfeiçoamento especialização . Em outubro, a instituição lançou a pós-graduação de Recuperação de Áreas Degradadas, com intuito de oferecer preparação especializada para atuação em diagnósticos, levantamentos e estudos de avaliação e implantação de projetos de recuperação. Mais informações sobre as opções de cursos nessa área podem ser conferidas no portal da instituição .

Sobre o Senac EAD

Com 75 anos de atuação em educação profissional, o Senac foi pioneiro no ensino a distância no Brasil. A primeira experiência nesta modalidade se deu em 1947 com a Universidade do Ar, em parceria com o Sesc, que ministrava cursos por meio do rádio.

A partir de 2013, com o lançamento do portal Senac EAD, a instituição ampliou a sua atuação em todo o país. Hoje, oferece um amplo portfólio de cursos livres, técnicos, de graduação, pós-graduação e extensão a distância, atendendo todo o Brasil e apoiados por mais de 350 polos presenciais para avaliações.

Acesse a programação completa de cursos do Senac EAD . Há também uma programação diversificada de cursos presenciais que pode ser conferida no portal .

Facebook
Twitter
WhatsApp

Leia Também