Com pista pronta, Aeroporto de Douradosenfrenta gargalos para entrar em operações

Depois de mais uma vistoria sobre o andamento das obras do Aeroporto de Dourados,
realizada na manhã desta sexta-feira (26), acompanhado do Coronel Bartolomeu Herbert
Bezerra de Melo, do 3º Grupamento de Engenharia, do tenente coronel De Alencar, do 9º.
Basalhão de Engenharia e Construção e do general Abelardo Prisco de Souza Neto,
comandante do Exército em Dourados, o vice-governador Barbosinha constatou novas
preocupações quanto à ativação do espaço para atender, especialmente, ao setor empresarial,
“que é quem ressente-se da falta dessa condição de transporte”.
De acordo com o coronel Herbert, a pista para pousos e decolagens ficou pronta e está
sinalizada desde a primeira quinzena do mês, e, hipoteticamente, o aeroporto já se acha
habilitado a operar. Porém, a empresa Infratec, de São Paulo, encarregada técnica da
preparação da documentação que constata essa condição, ficou de entregar até o final da
primeira semana de maio o As Built [na tradução, “como construído” e que se refere à planta
de uma edificação após a finalização das obras] para que a Prefeitura entre com o processo de
homologação junto da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e o Cindacta (Centro Integrado
de Defesa e Controle de Tráfego Aéreo).para liberar o espaço em definitivo.
No local, o vice-governador ainda questionou o comandante do Grupamento do Corpo de
Bombeiros em Dourados, tenente coronel Alaerson de Jesus Muniz, sobre a estruturação da
unidade para atender o aeroporto depois de reaberto. “Infelizmente, tomamos conhecimento
de que a Seção de Incêndio, que funcionava em local precário, foi demolida durante a reforma
e que atualmente os Bombeiros não dispõem nem de efetivo e nem de equipamentos para
retomar esse trabalho, isso é muito preocupante”, observou Barbosinha.
Com o deputado federal Geraldo Resende e a coordenadora do aeroporto por parte do
Município, Gisele Marques, o vice-governador defendeu imediata articulação junto ao prefeito
Alan Guedes e o Governo do Estado para a renovação desse contrato de parcerias, afim de
dotar o aeroporto de uma condição mínima de segurança, da mesma forma que o Governo
Federal deve ser acionado para liberar o complemento da obra, que consiste na implantação
do novo terminal de passageiros no local, projeto incluído no Novo PAC, o Programa de
Aceleração do Crescimento.
Os procedimentos documentais, atentando a execução dos serviços e habilitando a pista para
entrar em operação, de acordo com o comandante do Grupamento de Engenharia, podem
demorar até 60 dias, dependendo da agilidade dos responsáveis em providenciar os laudos
necessários. Já a questão do termo de ajustes entre o Município e o Estado na questão da
Seção de Incêndio, incluindo a construção do espaço físico e a designação de pessoal efetivo e
capacitado, conforme o vice-governador, “nos levam a crer que, dificilmente, teremos o
aeroporto sendo reativado ainda neste ano”.
“O Governo de Mato Grosso do Sul faz a sua parte, oferece o apoio quando solicitado pelo
Município, mas acompanha de perto os trâmites na expectativa de que não venhamos a
esperar até 2025 para que nosso aeroporto seja, enfim, liberado, para atender os anseios
daqueles que buscam empreender em Dourados e região. São iniciativas que exigem

cooperação, boas parcerias e, mais do que isso, gestão eficiente para solucionar os gargalos
apresentados”, concluiu.

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