Ontem (29/03) o prefeito Marquinhos Trad enviou-me mensagens via whatsapp contestando um artigo que escrevi no meu blog. Estava chateado comigo, sentindo-se traído, alegando que as informações publicadas eram mentirosas. Infelizmente, não são.
Estranho, nos 4 anos em que trabalhei na prefeitura essa foi a primeira vez que Marquinhos entrou em contato direto comigo.
Claro que, pessoalmente, mantivemos muitas conversas, sempre ocasionais, pois em seu gabinete o clima de hostilização por parte de sua secretária desestimulava qualquer contato. Na verdade, imaginei que ela era a prefeita e Marquinhos seu fantoche.
Marquinhos é um sujeito cordato, educado, mas não sabe ouvir. Seu foco obsessivo é o celular. Sua verdadeira vocação é o parlamento, nunca o executivo. Ele tem excelentes colaboradores, tais como Alex Oliveira, Pedro Pedrossian neto (e equipe), Lidiani Kober, Catiana Sabadin, Rodrigo Terra, Rudi Fiorese e tantos outros, pessoas com verdadeiro espírito público e que trabalham para a cidade melhorar.
Há quase dois anos não sou mais servidor da prefeitura. Inúmeras vezes agradeci ao prefeito por abrir espaço para minha atuação profissional, mesmo sabendo que era um ambiente que eu não me sentia confortável. Mas foi o preço que paguei para ficar protegido.
O prefeito é uma boa alma. Mas não é um líder. Não gosta de ouvir conselhos. Não gosta de quem sabe das coisas mais que ele. Detesta manifestação de inteligência.
Meu artigo, o pegou no contrapé. Sou jornalista, a pior profissão do mundo. Escrevo hoje aquilo que acho conveniente que a sociedade saiba para não ser ludibriada. Não gosto de servir aos poderosos, mas o fiz muitas vezes por falta de dinheiro.
Marquinhos não gosta de mim. Foi seduzido por intrigas e maldades inventadas sobre quem sou e represento. Uma pena. Poderíamos ter sido amigos. Mas ele gosta de jornalistas compráveis, lascivos, que fala “nóis vai” e “nóis manda”. O que se pode fazer?
Também não fiquei inteiramente satisfeito em ter que escrever o artigo de ontem. Foi sofrido. Até pensei em largar essa profissão.
Mas vou continuar. Enquanto houver mentira e cinismo, enquanto houver demagogia e esperteza política, enquanto houver abuso, bulling moral, pessoal e sexual, vou continuar. Com tristeza no coração, vou continuar.
Espero que o prefeito converse mais comigo e com pessoas de bom nível cultural.
De minha parte, será sempre bem recebido e atendido. Com o respeito de sempre.
Vamos seguir em frente…
Dante Filho
