Nos últimos dias têm sido recorrentes contatos, via ligação telefônica ou pessoalmente, com presidentes dos Sindicatos Municipais filiados à esta Federação ou à Comissão Eleitoral local por pessoas se identificando como policial militar, anunciando a existência de uma ORDEM DE OPERAÇÃO para monitoramento do processo eleitoral da nossa Federação sem a devida ordem legal e que tal pedido tenha sido manejado pela FETEMS e por seus 74 sindicatos afiliados.
Para não ficarmos no mero denuncismo citamos aqui apenas dois municípios onde isso ocorreu: Itaporã e Três Lagoas.
A CONSTITUIÇÃO FEDERAL no caput do artigo 8º consagrou a LIBERDADE SINDICAL e a tal ORDEM DE OPERAÇÃO viola o princípio ora nominado.
A PMMS não está autorizada (por Lei e pela CF) a proceder qualquer monitoramento nas eleições sindicais da FETEMS sem que cada sindicato tenha feito tal chamamento por motivo justo e fundamentado.
Polícia pra quem precisa de Polícia.
Essa intromissão indevida será denunciada ao MP/GACEP-Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial, já que a tal ORDEM DE OPERAÇÃO nunca foi apresentada porque não pode ser dada com esse fim.
Lamentamos que agentes de segurança pública queiram afastar o parco contingente da PMMS das ruas para se prestar ao papel de interventores das nossas eleições sindicais.
Já cobramos e vamos continuar cobrando explicações do Comando da Polícia Militar do nosso Estado e do Governador, para saber se temos uma POLÍCIA DE ESTADO ou uma MILÍCIA a serviço dos interesses escusos.
Não custa lembrar aos autoritários fardados ou não: Nós ainda estamos aqui para resistir e denunciar o arbítrio.
As eleições da FETEMS, que ocorrem quadrienalmente, sempre foram transparentes, democráticas, sem violência ou tumulto e pertencem aos trabalhadores em educação, que em 46 anos de história nunca precisaram de qualquer ordem de operação.
Nossas eleições são dos TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO, nunca foram e nunca serão de setores da POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL.