Com impasse na Santa Casa, Estado diz que 70% dos atendimentos são da Capital e ofereceu ‘extra’ de R$ 2 milhões

Diante do impasse que mais uma vez suspendeu cirurgias eletivas na Santa Casa de Campo Grande, o Governo do Estado afirma que já ofereceu acréscimo de R$ 2 milhões no repasse mensal ao hospital e que 70% dos atendimentos feitos na unidade são de pacientes de Campo Grande. Os procedimentos eletivos estão suspensos desde quinta-feira (4) e o MPMS (Ministério Público Estadual) deu prazo até o dia 12 de agosto para o fim do impasse.

Em nota, a SES-MS (Secretaria de Estado de Saúde) informou que acompanha as negociações entre a prefeitura de Campo Grande e a Santa Casa e que ofereceu acréscimo de R$ 2 milhões por mês aos recursos já repassados mensalmente para o hospital.

“Quanto aos pacientes encaminhados do interior para atendimento em Campo Grande, conforme pactuado com os secretários municipais do Estado, os recursos financeiros para atendimentos de alta e média complexidade são depositados diretamente no teto MAC de Campo Grande. Desta forma, a SES/MS espera que o impasse entre o município e o hospital seja resolvido e o serviço restabelecido à população”, informou a secretaria.

MPMS dá prazo para fim de impasse na Santa Casa

Uma reunião, nesta sexta-feira (5), definiu que o impasse entre a Santa Casa e a Prefeitura de Campo Grande deve encerrar até o dia 12 de agosto, dia em que será debatido a finalização do contrato de prestação de serviços médico-hospitalares entre o município e o hospital.

A direção da unidade apresentou uma discussão sobre a renovação do acordo e uma forma de obter recursos que viabilizará a solução do impasse. Até a data citada, o município deve dar uma devolutiva. Ainda na oportunidade, também foi solicitada pela Santa Casa a assinatura de um termo aditivo, como medida emergencial, de 60 dias para continuidade dos serviços médico-hospitalares.

Ficou acordado entre as instituições que os valores atuais apresentados não serão divulgados até a finalização das tratativas. Uma das medidas seria a análise no repasse estadual de convênio.

Em contrapartida, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) ressaltou que também aguardam uma avaliação na proposta apresentada na quinta-feira (4), de R$ 1 milhão a mais em repasse mensal, dilatando o contrato para R$ 26 milhões ao mês.

Embora a unidade tenha suspendido os atendimentos ambulatoriais e eletivos desde quinta, a Sesau informou que a cidade ainda não registra impacto negativo na Central de Regulação, sendo remanejado todo os pacientes para outros hospitais da região.

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