Vereador tucano mantém ritmo de conversações com os colegas na disputa da Mesa Diretora
A pouco mais de quatro semanas para a eleição da Mesa Diretora, a Câmara Municipal de Campo Grande é um ambiente de intensas conversas entre os 29 vereadores. O motivo é um só: a composição das chapas ou, se não houver disputa, uma solução consensual com candidatura única para a presidência.
Este é o caminho que parece estar sendo o maior desafio para o vereador Epaminondas Vicente Silva Neto, o Papy (PSDB). Confiante na sua contagem, com as assinaturas de 23 dos 29 votos, ele tem esperança de fechar 100% de adesões à sua chapa. O que dificulta este objetivo são as expectativas nutridas pelos seis vereadores do PP.
Se o PP, partido da prefeita Adriane Lopes, optar pela dissidência e montar a própria chapa para concorrer, assume o risco de ficar excluído da futura composição dirigente. Este não seria um resultado nada confortável politicamente para a prefeita, que mesmo reeleita precisa realinhar sua base de sustentação legislativa.
CAMPO PRÓPRIO
O PSDB não está no flanco de oposição ao Executivo. Contudo, faz seu próprio campo estratégico de atuação, fora do território sob domínio absoluto de Adriane Lopes e, consequentemente, de seu esposo, o deputado estadual Lídio Lopes, que daqui a dois anos vai buscar a reeleição e ficar no itinerário eleitoral de vários tucanos igualmente de olho nas cadeiras da Assembleia Legislativa.
Papy, entretanto, não entra neste contexto, assegurando estar focado somente na edificação de uma chapa amplamente representativa, capaz de traduzir um consenso republicano e apartidário com todos os partidos. Para ele, o que importa é fortalecer o Legislativo e os mandatos, como garantias para responder aos legítimos anseios da sociedade. Na pré-formação de sua cahapa, o atual presidente, Carlão Borges (PSB), seria o vice-presidente.
Além de Carlão, outros nomes da chapa eclética desenhada por Pay tem os nomes dos vereadores André Salineiro (PL), Luiza Ribeiro (PT) e Ronilço Guerreiro (Podemos). Sobram ainda quatro espaços na Mesa, para abrigar o Republicanos, o União Brasil e o PP. Até à eleição – marcada para 1º de janeiro -, Papy dedica-se ao diálogo com todos os vereadores. Uma de suas conquistas recentes foi o apoio do emedebista Júnior Coringa.