Atleta campo-grandense é vice-campeã do Campeonato Brasileiro de Jiu Jitsu, no Rio de Janeiro

Representando o Mato Grosso do Sul, a atleta Érika Ferreira Cheres, 20 anos, foi vice-campeã do Campeonato Brasileiro – CBJJD (Confederação Brasileira de Jiu-jítsu Desportivo) evento de nível nacional e muito concorrido na categoria até 69kg, que aconteceu nos dias 18 e 19 de junho, no Estado do Rio de Janeiro.

Sua trajetória no esporte aconteceu através de um projeto social no bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande. Deu início aos 12 anos, pois era uma garota hiperativa e precisava depositar sua energia em alguma atividade. “Quando eu comecei me apaixonei, foi amor à primeira vista”, disse a atleta.

Com o passar dos tempos a jovem começou a ficar reconhecida entre os projetos pela sua garra e força de vontade, pois era dedicada aos estudos e ao esporte, sempre em busca de melhorar sua performance no Jiu Jitsu, Érika colocou como meta mudar de academia, onde era reconhecida por seus atletas campeões.

O sonho de uma nova academia e a distância não foram empecilhos para a atleta desistir de sonhar, começou a trabalhar como menor aprendiz aos 14 anos para poder custear os gastos com passe de ônibus para enfrentar mais de 23km de distância, sendo necessário utilizar três ônibus diferentes diariamente. “Meus pais não tinham condições na época de me levar, pois era muito longe de um bairro para outro”.

Professor Fábio e atleta Érika
Foto: Arquivo Pessoal

Há aproximadamente 5 anos, sendo treinada pelo professor Fábio Rocha, Érika conta que teve mais destaque nas lutas que competia e também mais visibilidade no Jiu Jitsu, no Estado. Ainda diz que não se arrepende de todo esforço que tem feito até o momento para continuar treinando para sempre melhorar suas técnicas.

Atualmente a jovem também é acadêmica de enfermagem, trabalha na Maternidade Cândido Mariano, como estagiária e todos os dias treina Jiu Jitsu. “Eu ainda preciso trabalhar para me manter no esporte, pois o Jiu Jitsu é um esporte caro, então preciso me manter firme para não cogitar em desistir, pois todos os dias eu literalmente luto pelo o que eu amo fazer”.

Por não ter patrocínio tudo se torna muito difícil para a atleta, mas apesar das circunstâncias ela é grata por ter apoio de várias pessoas da sua família. “Eu conto muito com o apoio dos meus pais, pois sei que sem eles eu não teria forças pra fazer isso tudo, e meu namorado que também é atleta e mora em outra cidade, ele me ajuda e me incentiva muito”, concluiu.

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