Alerta: dados do Observatório da Mulher de Campo Grande alerta para o aumento dos casos de violência contra a mulher em MS

Mato Grosso do Sul vive uma crise crescente de violência contra a mulher. Dados do Observatório da Mulher de Campo Grande revelam um aumento alarmante em todas as formas de violência, com 2023 sendo o ano com o maior número de denúncias de violência doméstica na última década, ultrapassando a marca de 20 mil casos.

A violência psicológica, em particular, dobrou em um ano, evidenciando um padrão preocupante de agressões emocionais e psicológicas. A Lei Maria da Penha define essa forma de violência como condutas que causam danos emocionais, como ameaças, humilhações e chantagens, com o objetivo de controlar e limitar as vítimas.

Os casos de feminicídio também registraram um aumento significativo em 2024, com 31 casos até o momento, superando o número do ano anterior. A capital, Campo Grande, concentra um grande número desses crimes.

Além do feminicídio, os casos de estupro e tentativa de feminicídio também apresentaram um crescimento expressivo em 2023, tanto no estado quanto na capital. A violência contra crianças e adolescentes, especialmente o estupro de vulnerável, também é uma preocupação, com um aumento significativo no número de casos.

A análise dos dados revela um cenário alarmante, com um aumento generalizado em todas as formas de violência contra a mulher. Essa realidade demonstra a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes para prevenir e combater esse tipo de crime, além de um maior investimento em serviços de apoio às vítimas.

Os dados analisados pelo Observatório mostram que, em 2022, 77 mulheres foram vítimas de homicídio no Estado e 44 de feminicídio. Outras 127 quase perderam a vida. Já em 2023, foram 51 vítimas de homicídios, 30 de feminicídio e 125 que quase perderam a vida. 

Os dados de 2024 são ainda mais alarmantes: 1.749 mulheres foram vítimas de estupro em Mato Grosso do Sul, sendo 451 casos concentrados em Campo Grande. Essas estatísticas incluem mulheres adultas, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, expondo a fragilidade e a insegurança de diversas faixas etárias. A projeção é de que os números continuem crescendo, uma vez que a violência contra a mulher está profundamente enraizada em estruturas sociais patriarcais e se intensifica em resposta aos avanços dos direitos femininos.

Facebook
Twitter
WhatsApp

Leia Também