A prefeita Adriane Lopes (PP) manteve o número de secretarias municipais para o segundo mandato, mas acabou com pastas importantes, como a Semadur (Secretaria de Meio Ambiente), da Juventude e Cultura. Por outro lado, criou secretarias como Casa Civil e Articulação Regional, mais voltadas para a política do que para a prestação de serviços ao cidadão.
Oficialmente, conforme a mensagem da chefe do Poder Executivo encaminhada ao presidente da Câmara Municipal, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), o objetivo é “reduzir o peso da máquina administrativa e implantar um novo modelo de gerenciamento, visando a concretização das propostas de gestão apresentadas pelo nosso Programa de Governo, o qual a população campo-grandense aprovou nas urnas”.
“O maior impacto da reorganização ocorrerá no plano administrativo orientado pelos objetivos de aumentar a eficiência, a agilidade e a qualidade dos serviços públicos postos a disposição dos cidadãos”, argumenta Adriane.
No entanto, na prática, ela acabou com o Procon Municipal, voltado para a prestação de serviços ao consumidor, e as secretarias municipais da Juventude e Cultura.
Uma das pastas mais importantes, que existe há décadas, a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) foi extinta por Adriane, apesar do meio ambiente ser um dos temas mais debatidos atualmente na Capital, no Brasil e no mundo. Além da onda de calor recorde, o campo-grandense sentiu na pele as consequências do aquecimento global com a nuvem de fumaça que cobriu a Capital por muitos dias.
A prefeita acabou com a Secretaria Municipal da Juventude, que pode não ser prioridade, mas tem cacife político. Os dois últimos gestores da secretaria, Maicon Nogueira (PP) e Leinha (Avante) foram eleitos vereadores na última eleição.
A reforma inclui as atividades da Semadur na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Meio Ambiente e Fiscalização Urbana. Na prática, vai unir o desenvolvimento econômico, bastante criticado na campanha pela fuga de empresas para o interior e queda na arrecadação do ICMS, com o meio ambiente, também critica pela demora na liberação de licença e alvará.
Inúteis
Por outro lado, Adriane decidiu criar a Secretaria da Casa Civil, uma pasta que tem praticamente as mesmas funções da Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais. É mais um cargo político e que contraria a justificativa da progressista, de que a reestruturação é mais voltada a atividade fim do que a burocracia estatal.
Outra pasta é a Secretaria Especial de Articulação Regional. Qual a finalidade de um órgão voltado para a atividade política?
A prefeita também acabou com as subsecretarias criadas para representar as minorias, como das Mulheres, dos Direitos Humanos, do Bem Estar Animal e dos Direitos do Consumidor e com as duas subprefeituras de Rochedinh e Anhanduí.
Também acabou com a Fundação de Cultura.
Ao definir as novas secretarias, Adriane desenha o futuro de Campo Grande.
