Abandonados pela prefeitura de Campo Grande, moradores sofrem com má condição de ruas

Com a chegada do período de chuvas, moradores de cinco bairros estão sofrendo com desvio em oito linhas de ônibus coletivos. Conforme levantamento do Consórcio Guaicurus, cinco bairros precisaram receber alteração nas rotas devido à má condição de ruas sem asfalto, deixando algumas áreas sem atendimento.

A assessoria do Consórcio Guaicurus relatou que locais com acúmulo de água e lama em dias de chuva já não recebem o ônibus. Atualmente, as linhas 104 – Recanto dos Rouxinóis, 110 – Parque do Sol, 413B – Núcleo Industrial, 409 – Popular, 506 – Roselândia, 507 – Pioneiros, 114 – Paulo Coelho Machado e 105 – Paulo Coelho Machado/Terminal Guaicurus estão com desvio de rotas, podendo aumentar a exclusão de ruas caso a situação piore.

Em nota, a prefeitura de Campo Grande informou que será iniciada uma força-tarefa para recuperar os trechos críticos de vias não pavimentadas, tendo como prioridade as que são linhas de ônibus. É necessário, entretanto, aguardar um tempo mínimo de estiagem para redução da umidade do solo, conforme dito em resposta sobre o problema.

Acostumado a pegar o ônibus 104 – Recanto dos Rouxinóis na esquina de casa, o aposentado Luiz Carlos Cayler, de 65 anos, tem andado sete quadras a mais, desde que a rota mudou no Bairro Recanto das Paineiras. “Agora, eu vou lá para cima, onde tem asfalto. Antes, pegava aqui, fica ruim”, diz.

De acordo com Luiz, a mudança veio após chuvas fortes há cerca de duas semanas. “Moro aqui há seis anos e faz tempo que não acontecia isso. O ônibus vinha para cá normalmente, faz falta do jeito que está agora”.

No mesmo bairro, Dinorá Vilalba, de 81 anos, conta que tem evitado sair de casa após a mudança. Ela explica que tem dificuldades em andar até o ponto que está ativo, “eu ia no posto de saúde, no mercado e agora, não estou indo. A gente não sai, porque na hora que precisa sair, tem que chamar Uber”, conta.

Em frente à sua casa, um ponto está sem uso e, de acordo com a moradora, enquanto o ônibus coletivo não voltar a circular por ali, o jeito será continuar deixando as saídas apenas para emergência.

Também lidando com a alteração temporária, José Rafael da Silva, de 67 anos, explica que as linhas 506 e 507 têm reduzido cada vez mais os caminhos nos bairros Jardim Botafogo e Porto Galo. “Por aqui, tá tudo esburacado por conta da chuva e o pessoal precisa pegar ônibus longe. Estão cortando as ruas e não vai mais para baixo”, explica.

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