A vez das mulheres: Pesquisa para a Câmara Municipal de Campo Grande traz 43 nomes

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A pesquisa espontânea para a Câmara Municipal de Campo Grande, realizada pelo Instituto Ranking Brasil Inteligência no período de 4 a 9 de junho deste ano e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o nº MS-08489/2024, traz 43 pré-candidatas bem avaliadas e com chances reais de serem eleitas no pleito do próximo dia 6 de outubro.

Entre as dez que têm os melhores percentuais no levantamento feito junto a 2.000 moradores das sete regiões urbanas de Campo Grande, distritos e zona rural estão a Delegada Sidnéia Tobias, a cantora e pastora Michela Dutra, a radialista Bruna Lopes, Mariléia Elias, a radialista Keliana Fernandes, Vivi Tobias, a servidora pública Adriana Nascimento, a digital influencer da direita Juliana Gaioso, a Subtenente PM Edilaine e Dheinifer Martins.

Segundo o cientista político Antonio Ueno, que é diretor do Grupo Ranking de Comunicação, o número expressivo de mulheres citadas na pesquisa espontânea para a Câmara Municipal de Campo Grande demonstra que, diferentemente das eleições municipais de 2020, quando apenas Camila Jara (PT) foi eleita vereadora, no pleito deste ano são previstas as eleições de pelo menos cinco mulheres.

“O fato de o TSE ter endurecido o cumprimento do artigo 10, parágrafo 3º, da Lei Federal nº 9.504/1997, que trata da cota de gênero para estimular a participação feminina nas eleições, fará com que os partidos políticos evitem fazer armações para não cumprir o que determina a legislação eleitoral brasileira”, projetou, lembrando que, por lei, cada partido ou coligação deve preencher o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo.

Ele lembrou que essa regra passou a ser obrigatória a partir de 2009 e, desde então, houve vários avanços, mas há, ainda, um longo caminho a percorrer, pois é fundamental que os partidos deem todo o apoio necessário, legal e judicial às candidaturas das mulheres para que se possa ter um equilíbrio maior na participação de gênero em todos os segmentos da política nacional.

“Além disso, em 2022, o Congresso Nacional promulgou a Emenda Constitucional 117 (originária da PEC 18/21), que obriga os partidos políticos a destinar no mínimo 30% dos recursos públicos para campanha eleitoral às candidaturas femininas. A distribuição deve ser proporcional ao número de candidatas, mas a cota vale tanto para o Fundo Eleitoral, como para recursos do Fundo Partidário direcionados a campanhas”, alertou.

Tony Ueno completou que os partidos também devem reservar no mínimo 30% do tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão às mulheres. “Neste ano, o Fundo Eleitoral será de R$ 4,9 bilhões, enquanto o Fundo Partidário terá à disposição mais de R$ 1,1 bilhão. A nova emenda constitucional ainda destina 5% do Fundo Partidário para criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários”, pontuou.

O especialista argumentou que, na teoria, as mulheres têm dinheiro para disputar as eleições, mas, na prática, os partidos acabam fazendo diferente. “Muitas vezes, os partidos mandam dinheiro para as candidatas, fazendo com que elas devolvam a grana para poder continuar com as respectivas candidaturas”, revelou, completando que esse tipo de atitude compromete as eleições de muitas mulheres.

Destaques

O cientista político acredita que entre as 43 pré-candidatas a vereadoras em Campo Grande algumas têm muito mais chances, como a delegada de Polícia Civil Sidnéia Tobias, que foi candidata à prefeita de Campo Grande e à deputada federal, tendo também uma ficha de bons serviços prestados para a população da Capital.

“Outro bom nome é a de Bruna Lopes, que é cantora, locutora e já foi candidata a vereadora de Campo Grande, pessoa muito bem articulada e ligada aos movimentos das mulheres”, reforçou Tony Ueno, lembrando ainda da radialista Keliana Fernandes, que já foi candidata à deputada federal e candidata a prefeita de Dourados.

“Ainda temos a Adriana Nascimento, que trabalha na Prefeitura de Campo Grande e é muito ligada à prefeita Adriana Lopes, atuando na área social e nos movimentos das mulheres”, pontuou. Outro nome forte, conforme ele, é o da influencer digital da direita Juliana Gaioso, que é seguidora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e está presente nas redes sociais, onde conta com milhares de seguidores.

Confira abaixo a relação das 43 pré-candidatas a vereadora que aparecem na pesquisa:

  1. DELEGADA SIDNÉIA
  2. MICHELA DUTRA
  3. BRUNA LOPES
  4. MARILÉIA ELIAS
  5. KELIANA FERNANDES
  6. VIVI TOBIAS
  7. ADRIANA NASCIMENTO
  8. JULIANA GAIOSO
  9. SUBTENENTE EDILAINE
  10. DHEINIFER MARTINS
  11. CARLA BERNAL
  12. ARIANE TAVARES
  13. PROFESSORA ROSE FARIAS
  14. JUSCILENER BARBOSA
  15. VANUSA SALAMENE
  16. VÁLQUIRIA BERNARDES
  17. THAYSA LUCENA
  18. SONINHA DA SAÚDE
  19. SILVANA DA COHAB
  20. SARGENTO BETÂNIA
  21. RAYANA BENEDITA
  22. PROFESSORA MADALENA
  23. PROFESSORA GISELE
  24. PRISCILLA
  25. PASTORA BÁRBARA
  26. MEIRE BARBOSA
  27. MARILIANA SANTOS
  28. MARIA CAMPOS
  29. LUIZA RIBEIRO
  30. LADYELLE
  31. JULIANA PADILHA
  32. JANE DO POVO
  33. GRAZI MARY KAY
  34. GISELLE MARQUES
  35. GISELE BACANELLI
  36. DORA ECHEVERRIA
  37. DHARLENG CAMPOS
  38. DAGUIMAR CAMPEZIN
  39. CORONEL KÁTIA
  40. CLÁUDIA SOARES
  41. CAMILA DO IMPCG
  42. BARTOLINA CATANANTE
  43. BRENDA COSTA
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