Voluntários reformam casa de família carente na Capital

A aposentada Cestília Carvalho, de 75 anos, e o marido Jaime Siqueira, 82, olham esperançosos para os cômodos em obra na pequena residência deles, no Bairro Dalva de Oliveira, em Campo Grande. A casa foi escolhida por um grupo de voluntários que reúne arquitetos, pedreiros e serventes para receber uma reforma geral totalmente de graça. “Fiquei muito feliz. Eu não teria condições.

Eles vão ampliar e pintar tudo”, comemora a idosa. As obras começaram em abril. Os voluntários só podem ser dedicar à reforma aos sábados, pois trabalham nos dias de semana. O certo é que aos poucos a moradia que abriga o casal de idosos e um neto de 13 anos vai mudando. O número de peças vai passar de duas para quatro. As paredes de tijolos estão recebendo reboco. A antiga varandinha vai se tornar uma sala.

O grupo que se denomina QFaçamos nasceu quando os arquitetos ainda estavam na faculdade e se envolviam em trabalhos voluntários em praças e outros locais. Depois de formados, decidiram manter o elo de solidariedade realizando reformas voluntariamente nas casas de famílias carentes. Eles elaboram o projeto e depois executam com ajuda de pedreiros e serventes, também voluntários. No início da obra na casa de Cestília e Jaime, os arquitetos colocaram a mão na massa em serviços básicos de auxiliar de servente.

A arquiteta Francine Rocha explica que sete profissionais da arquitetura fazem parte do grupo. Ela conta que, além da mão de obra voluntária, todo material utilizado na reforma é doado por parceiros do projeto. “Recentemente, uma mulher que estava reformando o apartamento nos doou toda a cerâmica do piso antigo que está em ótima qualidade. Vamos colocar aqui na casa da dona Cestília", relata. Outra arquiteta voluntária Thaís Rodrigues comenta que uma das dificuldades é conseguir pedreiros para a obra. “Esses trabalhos mais específicos da construção civil exigem profissionais com experiência.

Nem sempre temos disponíveis. Por isso, novos parceiros que quiserem ajudar são muito bem vindos”, apela. Além dos arquitetos, outro profissional bastante empenhado na causa é o inspetor de seguros Ever Elias Coronel Ortiz que já teve a construção civil como profissão no passado. “Agora estou aqui revivendo meu tempo de pedreiro em uma obra voluntária que vai ajudar uma família.

É algo muito gratificante de ser feito”, define Ever Elias que já esteve envolvido em outras três construções voluntariamente. Mais do que uma casa reformada, dona Cestília poderá receber também móveis seminovos, fruto de doações de parceiros. “Tudo o que vier é uma bênção”, diz a agradecida aposentada.

QFaçamos – Contatos com o grupo podem ser feitos diretamente com os arquitetos 99242-7433 (Francine) e 99251-9498 (Tércio).
 

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