Mohai foi submetido a cirurgia no Hospital São Lucas, em Santos, no dia 22 de setembro. Ele teve que fazer o procedimento na perna direita após sofrer um grave acidente no dia 17. Quando tentava fazer o tombamento do carro, o joelho direito dele dobrou e ele foi ao chão.
A cirurgia foi um sucesso, segundo os médicos. Mas, apesar disso, o atleta não esperava que o pós-operatório fosse tão sofrido. “Estou ainda deitado, me recuperando, os pontos já se fecharam, sem inflamação. A luxação e as dores diminuíram. O pós-operatório é horrível. Nem com morfina estava passando a dor”, conta ele.
Mohai está com uma tala que o impede de andar e caminhar pela casa. Ele diz que encontra dificuldades de tomar banho, ir ao banheiro e até se sentir bem na cama. “A pior dificuldade, além da mobilidade, é de não poder nem ir e nem vir. Por eu ser um atleta de atividade constante, que treina todos os dias, o corpo está estranhando. Estou passando por momentos difíceis", diz.
Segundo Mohai, por conta da sua estrutura física, ele desenvolveu uma dificuldade de respirar no período pós-operatório. Por isso, além de tomar os remédios para cicatrização e para as dores na perna direita, também está fazendo fisioterapia pulmonar para respirar melhor. “Não posso ficar em pé e não posso ficar muito deitado. Tenho que revezar entre ficar sentado e deitado. Quando eu fico deitado não consigo dormir e sinto a necessidade de treinar”, fala.
Mohai está gravando vídeos diários contando como está sendo a recuperação e as dificuldades que vem enfrentando. A intenção dele é fazer um compilado de todo o processo, desde a cirurgia até sua reabilitação total e, após isso, servir de exemplo para outros atletas ou familiares de pacientes acamados, mostrando como se sair melhor durante o pós-operatório.
Ele diz que, sem a família, ficaria difícil passar por esse momento tão delicado. Os dias de repouso tem sido, acima de tudo, de muita reflexão sobre a vida dele e sua dedicação ao esporte. “Um momento de reflexão, de pensar em muitas coisas. Se vale a pena tudo que eu fiz, se vale a pena eu continuar. A gente passa por situações complicadas. Momentos de solidão e dor, que só você que sente. É uma questão de avaliação. O quanto você se dedica ao esporte, o quanto o esporte retorna para você. Está sendo bom para repensar muita coisa”, finaliza.