Três anos – “Tudo como Dantes no Quartel de Abrantes”

Já se vão três longos anos, 1095 manhãs, pelas quais sequer temos a benção do esquecimento. Não se passa um dia sem que a invasão de nossa propriedade, legalmente titulada e na família há 5 gerações, não seja lembrada.

Este deve ser um castigo dos mais cruéis, o inferno na terra. Como uma prisão perpétua onde, por toda uma vida, o culpado amarga seus dias restritos, sem liberdade, sem o poder de modificar sua realidade.  Porem…não somos culpados e muito menos criminosos.

Neste meio tempo, assim como nós, a República se recompõe pressionada por uma população cada vez mais consciente, principalmente de seus direitos, já que dos deveres não nos deixam esquecer, e pelas suas próprias necessidades de sobrevivência. Há que se ter vida após o caos.

Os produtores rurais não são culpados, nem merecem ser sentenciados por um tribunal “social e ideológico” sem ter ao menos o direito ao contraditório e ampla defesa, tão largamente invocado no recente julgamento da 1ª fase Impeachment no Senado. 

Direito de defesa que cabe a qualquer brasileiro que, em sendo acusado, tem legitimidade para se defender. Direito de defesa, sim, garantido pela Constituição Federal, bem como o direito à propriedade.

A democracia é a Pátria da liberdade. E por ela devemos lutar.

Pois bem, nossos processos administrativos na Funai seguem à revelia. Nossos argumentos não são considerados e nem debatidos, nossa defesa jurídica simplesmente não conta e o estudo antropológico muito menos. Tudo muito estranho, não?  A Funai conta entre seus técnicos com antropólogos de grande especialidade, a maioria oriunda de Ongs indigenistas subvencionadas com recursos internacionais e cujo objetivo especifico é o de ampliar terras indígenas, seja de qual forma for. Afinal, reza a cartilha ideológica, que os fins justificam os meios.

E vale tudo! Pregar o ódio, o confronto, estimular invasões e saques e até mesmo a criação das milícias indígenas, que hoje dominam as aldeias.

Aturdidos e confusos, os produtores rurais, legalmente titulados, muitos pioneiros em suas áreas, lutam com as armas legais contra essa onda de invasões “chapa branca”, sem ainda compreender ao certo qual a razão pela qual suas escrituras não são consideradas, seu histórico familiar é desprezado e ele passa de produtor a grileiro por uma canetada da Funai.

Produtores querem saber qual é o tempo que rege as decisões da Justiça e por que, quando finalmente tomadas, não são cumpridas?

Produtores querem saber afinal, por qual pecado estão sendo condenados….

O silêncio cada vez mais grita por justiça.
 
 
 
 
 
 
 

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