Em greve há 15 dias, servidores administrativos da Rede Municipal de Ensino (Reme) de Campo Grande começaram nesta quarta-feira (13) um acampamento em frente à prefeitura. Paralisada desde o fim de março, a categoria faz manifestações diariamente para reivindicar reajuste salarial. O município aguarda decisão da Justiça Eleitoral para definir índice de aumento.
Os profissionais decidiram permanecer paralisados depois que o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), anunciou há uma semana o reajuste de 2,79% para os servidores municipais. O novo índice anunciado pelo prefeito é 6,78% menor do que o rejeitado pelos vereadores na terça-feira (5).
Bernal justificou que, após a recusa do projeto pelo Legislativo, só pode dar reajuste baseado na inflação de 2016, com base na lei eleitoral. "A lei nos impede, essa é a grande realidade. Nós estávamos oferecendo 9,57% e, lamentavelmente, os vereadores rejeitaram esse projeto e prejudicaram todos os servidores do nosso município", ressaltou o prefeito durante o anúncio do novo reajuste, que deve ser pago em parcela única.
1º proposta
Por 26 votos contra, os vereadores de Campo Grande rejeitaram o projeto do Executivo que define em 9,57% o percentual de reajuste aos servidores municipais. Apenas o vereador Cazuza (PP) foi a favor. A votação ocorreu na terça-feira (5) à noite depois de a sessão ter sido suspensa para as categorias negociarem com o prefeito Alcides Bernal (PP).
Professores, funcionários dos setores administrativos e profissionais da enfermagem estiveram na Câmara. Com exceção dos guardas municipais, todas as categorias foram contra o projeto de lei que concedia reajuste salarial de 9,57% para o funcionalismo.