Ao ver que nenhum partido tomou providência da cusparada do deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) ao colega de legislatura Jair Bolsonaro (PSC-RJ), um servidor público de Mato Grosso do Sul protocolou uma representação por quebra de decoro à mesa da Câmara dos Deputados.
A lei permite a qualquer cidadão este tipo de denúncia, o que configurou inclusive uma questão mais inusitada já que o episódio pode ser visto em rede nacional durante a sessão que votou o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
“Eu esperei até quarta-feira o partido do Bolsonaro se manifestar, ou qualquer outro deputado. Pelo que soube pela imprensa o PSC ficou elaborar um processo para encaminhar a mesa diretora. Só que eu mesmo elaborei a peça com orientação do advogado que é uma coisa simples por isso não entendi a demora”, diz o morador de Campo Grande, Vinicius de Siqueira, que agora, ganhará destaque nacional por cobrar legitimidade de um deputado após “mau exemplo” dado em público.
“Me senti envergonhado, pois o Jean Wylls não tem o direito de cuspir em outro deputado ou qualquer outro cidadão. Se você cospe em um policial é preso por desacato. Não é a primeira vez que ele comete uma quebra de decoro”, relembra.
No ano passado, o parlamentar do PSOL-RJ, ex-BBB, esteve envolvido em outra polêmica quando dirigiu ao deputado João Rodrigues (PSD-SC) o chamando de “fascista” e “ladrão”, durante um bate boca no qual até um filme pornô foi citado.