Sem resposta de Bernal, professores decidem fazer greve

Sem resposta da Prefeitura de Campo Grande depois de 13 reuniões para negociar reajuste salarial, professores da Reme (Rede Municipal de Ensino) decidiram em assembleia na tarde de hoje que farão greve a partir da semana que vem. A categoria negocia desde 2012 o pagamento do piso nacional do magistério – que subiu para R$ 2.135,64 neste ano – para os docentes que trabalham 20 horas por semana.

Com Alcides Bernal (PP) e técnicos do Executivo municipal, educadores tentam acordo desde agosto do ano passado, quando o prefeito reassumiu o cargo. De acordo com o presidente da ACP, Lucílio Nobre, a única chance de a paralisação não acontecer é a prefeitura fazer uma proposta por escrito entre amanhã e segunda-feira sobre como vai fazer para cumprir a lei municipal nº 5.411. “Desde 27 de agosto do ano passado, quando Bernal foi reconduzido ao cargo, nós enviamos 11 ofícios para a prefeitura tentando um acordo. Nenhum deles foi respondido”, enfatizou.

A decisão de manter o indicativo de greve para o dia 26 de abril, aprovado no dia 11, foi da assembleia geral extraordinária convocada para hoje à tarde. Nesta terça-feira, professores fizeram paralisação para protestar contra o aumento de 2,79% que Bernal disse que daria a todos os servidores municipais. Os docentes saíram em passeata da sede da ACP até o Paço Municipal, onde foram recebidos pela 13ª vez pelo prefeito, mas saíram “de mãos abanando”.

A ACP quer o pagamento do acréscimo de 11,36% –percentual de aumento do piso nacional dado em 2016– em maio. Mas, para a equiparação pleiteada, seria necessário o pagamento de mais 13,01% –referente ao reajuste que o mínimo nacional para o magistério teve em 2015– e a categoria propõe receber este valor em duas vezes, com a primeira parcela paga em maio e a segunda em outubro deste ano.

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